A partir da meia-noite do próximo dia 1 de Janeiro as portagens para os automóveis ligeiros vão sofrer um aumento médio de 2,94 por cento, uma subida superior à inflação registada entre Outubro de 2007 e igual mês do ano passado – que serve de referência para a actualização das portagens – e à própria inflação de 2,1 por cento prevista pelo Governo para 2008.
O ano de 2008 ainda não começou e o aumento de preços administrativos conhecidos desmente a previsão oficial de inflação para o ano (2,1%).
Ontem foram divulgadas as tabelas das novas portagens das auto-estradas, que prevêem um aumento médio de 2,6%. Na classe 1, que abrange os veículos ligeiros de passageiros, a subida média é de 2,94%.
Se juntarmos os 3,9% dos passes para o transportes de passageiros, o previsível encarecimento dos combustíveis por causa do aumento do petróleo e os aumentos dos bens essenciais, do pão ao leite, da carne aos ovos, alguns na casa dos dois dígitos, fácil é perceber que o cabaz real do custo de vida das famílias portuguesas será mais agravado do que o valor da inflação oficial medida pelo índice de preços ao consumidor.
O aumento das portagens é definido por lei , que obriga as concessionárias a apresentarem até 15 de Novembro as suas propostas.
Os aumentos acabam por ser diferenciados devido aos arredondamentos. Como a inflação homóloga está a aquecer este ano, os automobilistas vão pagar duplamente esta subida. Na A1, que liga Lisboa ao Porto, o aumento médio será de 2,95%.
Uma subida exagerada, tendo em conta os largos meses de calvário no troço entre Santarém e Torres Novas, onde os automobilistas desesperavam nos dias de maior fluxo de trânsito.
Armando Esteves Pereira in "Correio da Manhã"
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