O Paradoxo da Censura

450 foi o número de vezes que esta página abriu nas últimas 48 horas. O tema central foi o triste episódio acerca da atitude do Poder para com o Jornal de Minde.
Muitos se manifestaram, incluindo eu, contra esta atitude arrogante, vergonhosa, inqualificável, fascista (muitos foram os adjectivos), dos autarcas da CMA, em querer controlar e censurar o Jornal de Minde.
- Não à censura! Gritamos quase todos em voz única.

No mesmo dia, por razões de ética pessoal, fui "forçado" a censurar e apagar um número recorde de comentários, como antes nunca me tinha sucedido. Após me ter insurgido contra a censura, acabo por praticar a censura e admitir que a mesma é necessária! Afinal em que ficámos?
Será a censura o contra-senso da democracia, ou o senso do excesso?

Antes de analisarmos a censura devíamos começar por analisar a liberdade, e lembrarmo-nos que, a liberdade de cada um, acaba onde começa a liberdade do vizinho. Esse é o verdadeiro conceito de democracia.
Numa vivência comunitária, ser livre tem o preço do respeito para com o próximo e para com a sociedade. Ser livre implica direitos, mas também deveres. Ser livre não nos dá o direito de nos escondermos no anonimato para ofender terceiros. Não. A isso chama-se cobardia e má educação. Ser livre é outra coisa: - é assumir de cara levantada os nossos ideais.

E agora, que acabei a minha divagação filosófica, informo que apaguei todos os comentários que considerei impróprios e fora de contexto do conteúdo do post em causa.
Este é um blog que ostenta o nome de Minde, o que considero uma responsabilidade acrescida, e como Minderico não deixarei que "enxovalhem" este ciber-espaço. Minde merece mais dignidade e uma discussão mais construtiva, participativa e educativa. A política pode ser rosa, laranja ou amarela, mas, acima de tudo, SOMOS MINDERICOS !!!

Voltando à censura. Não tenciono ser um polícia dos comentários, mas, se mais censura for necessária (a tal que é o senso dos excessos), activarei a aprovação prévia, e esta coisa dos comentários começa a ser muito mais chata, trabalhosa e sem interesse. Sejam amigos e poupem-me esse trabalho.
Como já alguém escreveu: Cada terra tem o que merece !!!