A burla durou sete anos e rendeu mais de um milhão de euros. Uma família de Fátima, com conhecimentos no sector da ourivesaria, andou a comprar artigos em ouro entre 1995 e 2002, que pagava com cheques pré-datados.
Mas antes dos vendedores levantarem o dinheiro, dava baixa dos cheques nos bancos, alegando que haviam ultrapassado os oito dias de validade.
O esquema fez mais de 40 vítimas. Aproveitando-se do facto do pai ser conhecido no ramo da ourivesaria, sobretudo no Norte do País, o principal mentor da burla, de 36 anos, começou a abordar empresas de venda de artigos em ouro, sob o pretexto de que queria abrir uma ourivesaria.
Eram dadas referências do pai, que tinha sido sempre cumpridor com os fornecedores, e as primeiras vendas começaram a efectuar-se.
(...) Com este estratagema, os suspeitos adquiriram ouro, carros, relógios, jantes e material informático no valor aproximado de 1,1 milhões de euros. Grande parte dos artigos de ourivesaria foram vendidos no Luxemburgo, onde um dos envolvidos ia com frequência fazer negócios. Os lucros eram investidos em Certificados de Aforro, em nome dos burlões e dos familiares.
(...) A actuação desta família levou algumas empresas à falência, ao despedimento de pessoal e até ao suicídio de um industrial.
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