20 outubro, 2009

ESCLARECIMENTOS REPORTAGEM TVI


Foi com um misto de espanto e indignação que a ora signatária constatou o teor da noticia publicada na TVI e posteriormente no site da Quercus.

De facto, e sendo a Quercus uma associação que tem como objectivo a protecção do meio ambiente, demonstrando uma grande coerência e ponderação na analise de todas as situações, muito nos espanta que no caso em concreto, tenham proferido afirmações baseadas apenas e exclusivamente numa noticia falsa, desproporcionada, sem o mínimo de suporte cientifico e documental e sem sequer terem contactado as empresas alegadamente envolvidas por forma a que as mesmas possam defender os seus legítimos interesses, o que constitui uma clara violação do principio do contraditório, principio este legalmente consagrado.

Na verdade, e ao contrario do alegado na noticia, nunca em tempo algum, a visada e ora signatária efectuou qualquer descarga de resíduos tóxicos, e muito menos no lugar de Covão do Coelho.

Efectivamente, a ora signatária é uma empresa que se dedica única e exclusivamente aos transportes nacionais e internacionais de mercadorias, não sendo gestora de resíduos, sendo certo que todas as matérias pela mesma transportadas, respeitam rigorosamente a Portaria n.º 209/2004 de 3 de Março, conforme Ficha Técnica emitida pela A.S.I.C datada de 16 de Junho de 2009, Boletim de Analise de Composto Orgânico emitido pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, bem como Averbamento ao Alvará de Licença para Operações de Gestão de Resíduos emitido pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.

Acresce que, todos os transportes realizados pela ora signatária estão sujeitos ao Mapa Integrado de Registo de Resíduos, Documento Comprovativo de Entrega MIRR, emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente (Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional), consultado livremente no competente site.

Por outro lado sempre se dirá que a ora signatária nunca efectuou qualquer transporte de resíduos para a CELBI SA.

Igualmente e ao contrario do por V. Excias alegado, no passado dia 27 de Agosto de 2009, o local onde alegadamente foram depositados resíduos tóxicos, foi sujeito a uma fiscalização realizada por agentes da SEPNA, GNR de Torres Novas, sendo certo que, no imediato foi comprovada documentalmente a legalidade dos materiais, e entregue a tais Agentes, copias de guias e da competente ficha técnica da A.S.I.C.

Ou seja, quer a Quercus quer a TVI, emitiram e divulgaram uma noticia assente em pressupostos falsos e gravemente atentatórios de liberdades e direitos da ora signatária.
Acresce que, nesse mesmo dia, a ora signatária, através do seu mandatário, apresentou junto da SEPNA, via formulário electrónico, queixas referentes a agressões ambientais às quais igualmente até à presente data não obtivemos resposta.

Pergunta-se, só a titulo meramente exemplificativo se foram fornecidas à Quercus as analises a que alude a noticia em causa e hipoteticamente efectuadas, bem como, se foi esclarecido qual o laboratório que as efectuou e qual o procedimento cientifico que permite concluir que as alegadas matérias hipoteticamente analisadas coincidem com as materiais depositadas e visualizadas na noticia, referente ao lugar de Covão do Coelho.

Acresce que as imagens divulgadas pela TVI, imputam de uma forma sub-reptícia condutas à ora signatária que não tem qualquer relação com a actividade desenvolvida pela mesma, como por exemplo, imagens de tractores abandonados, pneus, etc….

Igualmente, sempre se dirá que conforme a Quercus muito bem divulga, no local em causa (Covão do Coelho), os terrenos encontram-se gravemente afectados e deteriorados pela passagem de fogos.

Ora, salvo melhor opinião que muita se respeita, a Quercus como Associação de defesa do ambiente, deve concordar que a recuperação de solos afectados por causas naturais, é um trabalho que deve ser desenvolvido pelos proprietários, sendo certo que nenhum organismo estatal concede aos mesmos financiamentos ou materiais que lhes permitam efectuar tal recuperação, como sucedeu no caso em apreço, em que a ora signatária utilizou composto orgânico devidamente analisado, fornecido pela Empresa “Terra Fertil, Lda”, com vista à recuperação de solos.

Ora, nunca em tempo algum a Quercus ou a TVI procuraram junto da ora signatária esclarecimentos no que respeita a tal assunto, sendo certo que foi a ora signatária que voluntariamente entregou todos os elementos comprovativos da legalidade dos materiais no departamento da Quercus, em Ourém, na pessoa do responsável Dr. Domingos Patacho, ficando ao dispor do mesmo o contacto da pessoa responsável pela signatária por forma a, quando a Quercus entenda, serem prestados os esclarecimentos devidos.

A ora signatária repudia veementemente a ligeireza com que a Quercus e a TVI divulgam uma noticia assente em pressupostos falsos e sem qualquer rigor cientifico e factual, a mando quem sabe de empresas com elevados interesses económicos na área dos resíduos, que visam eliminar concorrentes e agem por sentimentos mesquinhos de vingança.

Efectivamente não podemos considerar como um facto adquirido tudo o que nos colocam à frente como verdade, pois o conceito de verdade é muito lato, e não devemos emitir opiniões sobre factos dos quais não conhecemos todos os elementos, pois sem essa prudência corremos o risco de colocar ilegitimamente em causa, o bom nome da empresas e pessoas.

A ora signatária encontra-se disponível para junto da Quercus ou de qualquer outra entidade, prestar todos os esclarecimentos que entendam necessários.
Não obstante a empresa “Terra Fertil, Lda”, ser detentora das analises do composto orgânico, analises estas já facultadas à Quercus-Ourem, a Poderinova SA, disponibilizou-se para junto do Dr. Domingos Patacho, efectuar as analises que este entenda necessárias, suportando a mesma todos os custos de realização de tais analises, sendo certo que a Poderinova SA defenderá intransigentemente os seus direitos e legítimos interesses contra quem continuar a associar o seu nome e à administração a práticas ilegais.

A Administração (Poderinova SA)

12 comentários:

Anónimo disse...

Mais um atentado ambiental, que vai ficar impune.

Anónimo disse...

Espero que esta explicação arrefeça os animos de quem tem criticado de forma menos correcta as pessoas desta empresa.
Também espero que as pessoas da freguesia entendam agora o porqué do meu comentario alusivo a este caso é que tudo o que se leu e viu não corresponde a verdade.
Gostaria de referir outro aspecto ao pessoal do Covão, esta gente é da terra, esta gente priva com todos nós, mesmo os mais cepticos não poderiam dar o beneficio da duvida? em vez de atacar a facada e esperar pelos desenvolvimentos para depois não terem que morder a língua. Façam como eu informem-se e depois sim façam juizo de valores.
LFV

Anónimo disse...

Entao e agora o impacto visual ja nao conta nada para voces?? Quando era pa falar em pedreiras e coisas do genero o impacto visual era importante, agora que vai po 'vosso lado' ja nao importa.

Anónimo disse...

Este gajo tem uma piada. Cínico mais cínico não há! Primeiro andou a mandar larachas atrás de larachas. Depois quando lhe esclarecem a situação apresenta-se como impoluto defensor da verdade e grande combatente contra os julgamentos em praça pública.
Ainda bem que os covanitos não são tão parvos como este camarada gosta de fazer passar.

Anónimo disse...

em resposta a este anonimo espero que não seja un dos que criticam tudo e todos com dor de cotovelo, que vive á conta do estado e anda a polir esquinas e depois vem sentenciar o que não percebe nem faz para perceber porque gente como o senhor só percebe de uma coisa, critica e dor de cotovelo.
conselho de amigo cure-se
LFV

Anónimo disse...

Se o que é mostrado e dito na reportagem é mentira, devem processar o jornalista e a TVI. Já o fizeram? Era importante... para os cidadãos e a Justiça.
A bom entendedor...

zclio disse...

Pode não ter sido a poderinova, pode até não ter sido desta vez, mas a verdade é que há muitos detritos espalhados lá para a costa do Covão (como exemplo aquele cercado com a bandeira de Portugal perto dos moinhos) onde por debaixo daquela terra à muita raspa de curtumes.

Mas como não se vê, não conta, a poluição não anda para aquele lado.
Ou pode ser a razão de tantos apertos de mão em Alcanena.
É pena rirem-se tanto e ficarem com todos os restos.

Seja feita a vossa vontade.

Unknown disse...

Na reportagem intitulada “Máfia Lusitana”, que passou na televisão independente na passada sexta-feira, foi referido que existiam resíduos industriais provenientes da fábrica de pasta da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A., os quais são transportados pela empresa PODERINOVA, S.A. para uma área junto da empresa em Covão do Coelho, ao lado do Km 103,5 da Auto-Estrada A1, entre Minde e Fátima.

Segundo as análises efectuadas, existem diversos resíduos com compostos perigosos para a contaminação dos solos e da água, com potenciais efeitos nefastos para a saúde pública.

Após deslocação ao terreno, a Quercus constatou que os resíduos foram enterrados e colocado saibro para os camuflar, sendo que a zona está próximo de uma falha geológica em área de máxima infiltração no Maciço Calcário Estremenho próximo da Serra de Aire, o que aumenta o risco de contaminação do aquífero e das nascentes e captações da região.

O abandono de resíduos industriais é ilegal, sendo punido por lei, mas para que tal aconteça, é necessário que o Ministério do Ambiente e nomeadamente a IGAOT actue em conformidade com a gravidade da situação, obrigando à remoção dos resíduos e à descontaminação dos solos.

Dada a gravidade da situação, a Quercus oficiou ontem a Celbi, empresa produtora de pasta de papel, detentora de diversas certificações ambientais, para que efectuasse o esclarecimento cabal sobre a falta de controlo do transporte e destino dos seus resíduos industriais, dado ser responsável pelos mesmos.

A Quercus considera escandalosa a incapacidade de actuação das entidades fiscalizadoras, nomeadamente da GNR e dos serviços do Ministério do Ambiente dado terem permitido o transporte e a deposição ilegais de resíduos industriais, durante demasiado tempo, esperando que agora actuem em conformidade com a gravidade da situação.

A Quercus alertou a Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território no final da semana passada, sobre esta deposição/abandono de resíduos industriais no Covão do Coelho, no concelho de Alcanena, no entanto, apesar de termos contactado ontem com esta entidade, apenas referem “que o assunto foi despachado para quem de direito”, não esclarecendo minimamente qual a sua actuação e vetando a disponibilização de informação.

Para além da Celbi, a Quercus exige que sejam identificados todos os produtores de resíduos para que sejam envolvidos na remoção dos resíduos abandonados e na respectiva descontaminação dos solos.


Ourém, 20 de Outubro de 2009

A Direcção do Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

Anónimo disse...

Eu já andei por ali à caça e fiquei com a certeza de que eram residuos perigosos. Pelas moscas e pelo cheiro

PM disse...

Não conheço o local nem o assunto. Limitei-me a assistir à reportagem da TVI e a transcrever a respectiva notícia, mas pelo que podemos ler no respectivo comunicado da empresa visada, teremos de deduzir que até que seja pronunciada qualquer culpa pelas entidades oficiais, temos de dar o benefício da dúvida. É assim que manda a lei e o bom senso.

Ao anónimo anterior, quero apenas dizer que o facto de maus cheiros e moscas, o mesmo não é indício de resíduos perigosos.
Também o vulgarmente designado "esterco" dos animais cheira mal e atrai moscas, e no entanto não passa de matéria orgânica que até serve para fertilizar as terras.

Não quer dizer que se trata deste caso, mas até ser pronunciada qualquer sentença judicial entendo que não se devem fazer juízos precepitados.

Anónimo disse...

Não Pedro, não era esterco de animais.

Anónimo disse...

A TVI denunciou nas ninguem fez nada naquele local estão depositados muitas toneladas de escórias,cinzas,lamas de etar,e composto organico não tratado,como não tinha locais para as descargas ia para o estaleiro,aliás todo o estaleiro está sobre lamas que ai foram depositadas. Se não fizerem nada esse Sr.David Vieira continuará a fazer descargas ilegais.