Foi com um misto de espanto e indignação que a ora signatária constatou o teor da noticia publicada na TVI e posteriormente no site da Quercus.
De facto, e sendo a Quercus uma associação que tem como objectivo a protecção do meio ambiente, demonstrando uma grande coerência e ponderação na analise de todas as situações, muito nos espanta que no caso em concreto, tenham proferido afirmações baseadas apenas e exclusivamente numa noticia falsa, desproporcionada, sem o mínimo de suporte cientifico e documental e sem sequer terem contactado as empresas alegadamente envolvidas por forma a que as mesmas possam defender os seus legítimos interesses, o que constitui uma clara violação do principio do contraditório, principio este legalmente consagrado.
Na verdade, e ao contrario do alegado na noticia, nunca em tempo algum, a visada e ora signatária efectuou qualquer descarga de resíduos tóxicos, e muito menos no lugar de Covão do Coelho.
Efectivamente, a ora signatária é uma empresa que se dedica única e exclusivamente aos transportes nacionais e internacionais de mercadorias, não sendo gestora de resíduos, sendo certo que todas as matérias pela mesma transportadas, respeitam rigorosamente a Portaria n.º 209/2004 de 3 de Março, conforme Ficha Técnica emitida pela A.S.I.C datada de 16 de Junho de 2009, Boletim de Analise de Composto Orgânico emitido pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, bem como Averbamento ao Alvará de Licença para Operações de Gestão de Resíduos emitido pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.
Acresce que, todos os transportes realizados pela ora signatária estão sujeitos ao Mapa Integrado de Registo de Resíduos, Documento Comprovativo de Entrega MIRR, emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente (Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional), consultado livremente no competente site.
Por outro lado sempre se dirá que a ora signatária nunca efectuou qualquer transporte de resíduos para a CELBI SA.
Igualmente e ao contrario do por V. Excias alegado, no passado dia 27 de Agosto de 2009, o local onde alegadamente foram depositados resíduos tóxicos, foi sujeito a uma fiscalização realizada por agentes da SEPNA, GNR de Torres Novas, sendo certo que, no imediato foi comprovada documentalmente a legalidade dos materiais, e entregue a tais Agentes, copias de guias e da competente ficha técnica da A.S.I.C.
Ou seja, quer a Quercus quer a TVI, emitiram e divulgaram uma noticia assente em pressupostos falsos e gravemente atentatórios de liberdades e direitos da ora signatária.
Acresce que, nesse mesmo dia, a ora signatária, através do seu mandatário, apresentou junto da SEPNA, via formulário electrónico, queixas referentes a agressões ambientais às quais igualmente até à presente data não obtivemos resposta.
Pergunta-se, só a titulo meramente exemplificativo se foram fornecidas à Quercus as analises a que alude a noticia em causa e hipoteticamente efectuadas, bem como, se foi esclarecido qual o laboratório que as efectuou e qual o procedimento cientifico que permite concluir que as alegadas matérias hipoteticamente analisadas coincidem com as materiais depositadas e visualizadas na noticia, referente ao lugar de Covão do Coelho.
Acresce que as imagens divulgadas pela TVI, imputam de uma forma sub-reptícia condutas à ora signatária que não tem qualquer relação com a actividade desenvolvida pela mesma, como por exemplo, imagens de tractores abandonados, pneus, etc….
Igualmente, sempre se dirá que conforme a Quercus muito bem divulga, no local em causa (Covão do Coelho), os terrenos encontram-se gravemente afectados e deteriorados pela passagem de fogos.
Ora, salvo melhor opinião que muita se respeita, a Quercus como Associação de defesa do ambiente, deve concordar que a recuperação de solos afectados por causas naturais, é um trabalho que deve ser desenvolvido pelos proprietários, sendo certo que nenhum organismo estatal concede aos mesmos financiamentos ou materiais que lhes permitam efectuar tal recuperação, como sucedeu no caso em apreço, em que a ora signatária utilizou composto orgânico devidamente analisado, fornecido pela Empresa “Terra Fertil, Lda”, com vista à recuperação de solos.
Ora, nunca em tempo algum a Quercus ou a TVI procuraram junto da ora signatária esclarecimentos no que respeita a tal assunto, sendo certo que foi a ora signatária que voluntariamente entregou todos os elementos comprovativos da legalidade dos materiais no departamento da Quercus, em Ourém, na pessoa do responsável Dr. Domingos Patacho, ficando ao dispor do mesmo o contacto da pessoa responsável pela signatária por forma a, quando a Quercus entenda, serem prestados os esclarecimentos devidos.
A ora signatária repudia veementemente a ligeireza com que a Quercus e a TVI divulgam uma noticia assente em pressupostos falsos e sem qualquer rigor cientifico e factual, a mando quem sabe de empresas com elevados interesses económicos na área dos resíduos, que visam eliminar concorrentes e agem por sentimentos mesquinhos de vingança.
Efectivamente não podemos considerar como um facto adquirido tudo o que nos colocam à frente como verdade, pois o conceito de verdade é muito lato, e não devemos emitir opiniões sobre factos dos quais não conhecemos todos os elementos, pois sem essa prudência corremos o risco de colocar ilegitimamente em causa, o bom nome da empresas e pessoas.
A ora signatária encontra-se disponível para junto da Quercus ou de qualquer outra entidade, prestar todos os esclarecimentos que entendam necessários.
Não obstante a empresa “Terra Fertil, Lda”, ser detentora das analises do composto orgânico, analises estas já facultadas à Quercus-Ourem, a Poderinova SA, disponibilizou-se para junto do Dr. Domingos Patacho, efectuar as analises que este entenda necessárias, suportando a mesma todos os custos de realização de tais analises, sendo certo que a Poderinova SA defenderá intransigentemente os seus direitos e legítimos interesses contra quem continuar a associar o seu nome e à administração a práticas ilegais.
A Administração (Poderinova SA)