POR HENRIQUE LOBO
Após ter lido e ouvido diversos comentários sobre o artigo da equipa do Jornal de Minde intitulado “Jornal de Minde, Mensário Regionalista, Livre e Independente” sou levado a escrever a leitura dos acontecimentos segundo a minha leitura.
Em primeiro lugar, em nenhuma parte do artigo está escrito ou se fazem insinuações de que a Comissão Fabriqueira da Igreja fez pressão sobre a equipa do jornal de Minde. Se alguém fez essa interpretação, não é culpa do jornal.
Em segundo lugar, a todos os que me telefonaram – e foram muitos – expliquei que, na dita reunião, a Comissão Fabriqueira disse-nos ter recebido pressões por parte do poder político, mas que aguentava bem com essas ditas pressões e que confiava na equipa do jornal. Não entendi parte dos comentários que li e ouvi referindo pressão da Comissão Fabriqueira sobre o jornal, uma vez que alguns desses comentários poderiam ter sido rectificados, visto eu ter esclarecido os que me telefonaram.
Mas terão fundamento estas pressões por parte do poder político? A meu ver, não. Pressões sempre houve e haverá. Apesar de não as compreender, vou tentar explicar o meu ponto de vista referindo-me aos dois últimos casos.
O primeiro devido a um artigo que eu escrevi e assinei – Diz que é uma espécie de feira do concelho -, mostrando a minha indignação pela pobreza de uma feira que os promotores diziam ser uma mostra do concelho, e que, na minha modesta opinião, era tão pobre que em nada nos dignificava. Nessa altura os nossos políticos fizeram pressão sobre algumas pessoas a fim de contestarem o artigo. Ora não seria mais democrático responderem ao artigo, escrevendo outro para explicarem aos leitores e eleitores a posição deles sobre a feira, os objectivos que se pretendiam e se esses objectivos foram alcançados ou não, se haverá nova exposição no futuro, se os moldes serão os mesmos, etc?
http://minde-online.blogspot.com/2007/06/diz-que-uma-espcie-de-feira.html
Meses depois o jornal publicou, em local intitulada “Notas Breves”, um comentário que nos chegou de várias pessoas sobre a não participação da Câmara na feira industrial de Torres Novas, a Nersant. Feira essa na qual participaram todas as Câmaras à nossa volta com os seus parques industriais onde, segundo as opiniões que nos transmitiram, a nossa Câmara não aproveitou a oportunidade para divulgar no mínimo a zona industrial de Minde que na altura já se encontrava em fase bem desenvolvida.
Mais uma vez o poder politico, em vez de fazer pressão sobre a Comissão Fabriqueira, poderia democraticamente escrever no nosso jornal, esclarecendo os leitores e eleitores sobre a sua posição no referido assunto – se, na sua opinião, a feira não tinha o impacto pretendido, se a Câmara tinha outras ideias para promover a ZIM etc. etc..
Seria, na minha modesta opinião, uma tomada de posição mais democrática e mais correcta, ficando os leitores e eleitores esclarecidos.
Mas o jornal também tem culpa. Se, logo na primeira vez que houve pressões por artigos publicados, a equipa do jornal tivesse denunciado, esclarecendo os leitores sobre estas movimentações, talvez não houvesse outras. Tentar evitar conflitos, às vezes pode não ser a melhor solução.
O mais caricato de tudo isto é que há pessoas que agora exercem funções autárquicas e que se “picam” quando os artigos não lhe agradam. Mas, antes de exercerem essas funções, passavam pelo jornal e diziam que o jornal estava a cumprir a sua função quando publicava artigos com posição contrária à da Câmara.
ENTÃO E AGORA?
Agora faz-me lembrar uma frase que li num blog sobre este tema:
“A penalização por não participares na política é acabares a ser governado pelos teus inferiores”
Minde 10 de Dezembro de 2007
Henrique Lobo
Em primeiro lugar, em nenhuma parte do artigo está escrito ou se fazem insinuações de que a Comissão Fabriqueira da Igreja fez pressão sobre a equipa do jornal de Minde. Se alguém fez essa interpretação, não é culpa do jornal.
Em segundo lugar, a todos os que me telefonaram – e foram muitos – expliquei que, na dita reunião, a Comissão Fabriqueira disse-nos ter recebido pressões por parte do poder político, mas que aguentava bem com essas ditas pressões e que confiava na equipa do jornal. Não entendi parte dos comentários que li e ouvi referindo pressão da Comissão Fabriqueira sobre o jornal, uma vez que alguns desses comentários poderiam ter sido rectificados, visto eu ter esclarecido os que me telefonaram.
Mas terão fundamento estas pressões por parte do poder político? A meu ver, não. Pressões sempre houve e haverá. Apesar de não as compreender, vou tentar explicar o meu ponto de vista referindo-me aos dois últimos casos.
O primeiro devido a um artigo que eu escrevi e assinei – Diz que é uma espécie de feira do concelho -, mostrando a minha indignação pela pobreza de uma feira que os promotores diziam ser uma mostra do concelho, e que, na minha modesta opinião, era tão pobre que em nada nos dignificava. Nessa altura os nossos políticos fizeram pressão sobre algumas pessoas a fim de contestarem o artigo. Ora não seria mais democrático responderem ao artigo, escrevendo outro para explicarem aos leitores e eleitores a posição deles sobre a feira, os objectivos que se pretendiam e se esses objectivos foram alcançados ou não, se haverá nova exposição no futuro, se os moldes serão os mesmos, etc?
http://minde-online.blogspot.com/2007/06/diz-que-uma-espcie-de-feira.html
Meses depois o jornal publicou, em local intitulada “Notas Breves”, um comentário que nos chegou de várias pessoas sobre a não participação da Câmara na feira industrial de Torres Novas, a Nersant. Feira essa na qual participaram todas as Câmaras à nossa volta com os seus parques industriais onde, segundo as opiniões que nos transmitiram, a nossa Câmara não aproveitou a oportunidade para divulgar no mínimo a zona industrial de Minde que na altura já se encontrava em fase bem desenvolvida.
Mais uma vez o poder politico, em vez de fazer pressão sobre a Comissão Fabriqueira, poderia democraticamente escrever no nosso jornal, esclarecendo os leitores e eleitores sobre a sua posição no referido assunto – se, na sua opinião, a feira não tinha o impacto pretendido, se a Câmara tinha outras ideias para promover a ZIM etc. etc..
Seria, na minha modesta opinião, uma tomada de posição mais democrática e mais correcta, ficando os leitores e eleitores esclarecidos.
Mas o jornal também tem culpa. Se, logo na primeira vez que houve pressões por artigos publicados, a equipa do jornal tivesse denunciado, esclarecendo os leitores sobre estas movimentações, talvez não houvesse outras. Tentar evitar conflitos, às vezes pode não ser a melhor solução.
O mais caricato de tudo isto é que há pessoas que agora exercem funções autárquicas e que se “picam” quando os artigos não lhe agradam. Mas, antes de exercerem essas funções, passavam pelo jornal e diziam que o jornal estava a cumprir a sua função quando publicava artigos com posição contrária à da Câmara.
ENTÃO E AGORA?
Agora faz-me lembrar uma frase que li num blog sobre este tema:
“A penalização por não participares na política é acabares a ser governado pelos teus inferiores”
Minde 10 de Dezembro de 2007
Henrique Lobo
12 comentários:
Bom dia e bom ano a todos.Penso que aqueles que aqui criticaram os actuais elementos da Comissão Fabriqueira deveriam agora pedir desculpas pelas ofensas e juizos feitos aos actuais elementos.Penso que o artigo do Henrique vem esclarecer que nunca estes elementos fizeram qualquer pressão sobre o jornal.Deviam sim era de louvar a atitude desta comissão.Segundo sei a tal dita reunião foi um simples convivio entre a fabriqueira e o jornal.
Abordei o assunto, mas ninguém leu uma linha minha a criticar a Comissão Fabriqueira. Aliás, como podem confirmar no arquivo, "censurei" até muitos comentários um pouco abusivos.
Critiquei, isso sim, e continuo a criticar, a petulância, e até fascismo, de alguns dirigentes da CMA em crer implantar um sistema de censura ao Jornal de Minde.
Mas acrescento:
Se o assunto tomou a dimensão exagerada que tomou, foi porque existe muita gente que gosta do Jornal de Minde e porque este esclarecimento do Henrique Lobo veio tardio.
Poderia ter sido logo feito na edição do mês passado, em que a leitura do referido artigo deixava no ar muitas interrogações.
Tenho consciência que o jornal é mensal, e não sei a data da tal reunião, mas hoje já existem muitos meios para esclarecimento público, principalmente quando estão em causa rumores e factos não verídicos que poêm em causa o bom nome das instituições.
Pela parte que me toca, as desculpas à Comissão Fabriqueira, não pelo que escrevi ou publiquei, mas pelo que foi escrito neste espaço, quase sempre pela tal massa anónima da n/ terra.
PM
Eu também posso ter exagerado, quiçá, mas antes de colocar o meu comentário tive o cuidado de falar com várias pessoas. Daí a razão de ser das minhas palavras.
O Henrique pode agora ter POSTO ALGUMA ÁGUA NA FERVURA mas o que ficou dito, dito ficou.
Porque se tudo foi como agora é referido, então qual a necessidade de a equipa do Jornal de Minde ter dito no numero anterior:
«De qualquer forma, a equipa mantém toda a disponibilidade para aceitar a decisão da Comissão Administrativa da Igreja, caso esta, agora ou em qualquer momento, entenda proceder à sua substituição».
Parece que poderia haver uma decisão em substituir a equipa do Jornal de Minde, não? Não fui eu nem nenhuma das pessoas que reagiram que falaram em substituição.
Se fosse agora, apenas teria retirado a referência ao «casal amigo» e a frase final. Tudo o resto mantenho.
Finalizo, fazendo votos de que o administrador do JM adie a promessa de sair quando chegar ao numero X.
«A bom entendedor...»
Este micaelo anda numa de politicamente correcto. Para ele tudo esta bem nas colectividades. Quanto ao jornal de minde este caso da censura é uma lastima. Querem fazer de nos parvos. Os mindericos sabem ler o que se escreve. E o que a equipa do jornal escreveu é uma clara acusaçao à comissao fabriqueira. O jmquerido meteu bem o dedo na ferida. Impostores!
São efeitos do Ano Novo.
1. Quem ler com atenção o artigo do Jornal de Minde que deu origem à polémica depreende que a comissão fabriqueira queria ou foi instruída para silenciar o Jornal de Minde. Não houve, assim, nenhum empolamento, má interpretação ou má-fé de quem comentou aquela notícia e pediu explicações ao JM, à fabriqueira e, claro, à junta de freguesia e à câmara.
O artigo do Henrique é de aplaudir. Mas a interpretação que faz dos acontecimentos não é muito clara, principalmente para quem apenas se limitou a ler o jornal de Minde e os blogs…
2. Explicações públicas não tivemos nenhumas. Só este artigo do Henrique Lobo. Corajoso e necessário, mas muito tardio. Da fabriqueira, da direcção do Jornal de Minde, de quem escreveu aquele artigo e, claro, da junta e da câmara, nada. Silêncio puro. Alegadamente, terão existido uns telefonemas para cima e para baixo, entre os habituais conhecidos e aqueles que acabam por fazer panelinha uns com os outros. Para o povinho, nada, que ele é ignorante e não pode lhe podem ser dadas muitas informações e explicações.
3. Continuo na minha. Qualquer tentativa de controlo da opinião pública, da oposição e de um meio de comunicação é vergonhosa.
4. Espero que o jornal de Minde mantenha uma postura de total abertura aos artigos que lá são publicados. Por exemplo, se chegar o dia em que tenhamos que escrever e criticar no jornal de Minde câmaras, juntas e candidatos do PSD, vamos esperar que o jornal publique tudo, sem lápis azul.
5. Parabéns ao Henrique.
Pontos nos is
a) Onde é que o Jornal de Minde é livre e independente?
b) Estão todos bem uns para os outros; a igreja de um lado com os seus metodos sempre da inquisição e os politicos fascistas do concelo de alcanena.
Quanto ao henrique lobo parabéns pelo servicinho feito ao padre albino
Este post do "dom pixote" põe o dedo na ferida!
Independentemente de ter, ou não, havido pressões sobre a orientação do Jornal de Minde, o que seria altamente condenável,não podem vir agora os "puristas da independência jornalistica" vir defender o que é indefensável. O Jornal de Minde nunca foi independente e veiculou sempre as ideias ou as pessoas que se identificavam com as orientações dos seus responsáveis.
Se não acreditam, façam uma procura exaustiva dos jornais, especialmente em alturas de eleições.
E mais, para o Jornal de Minde, sempre houve Mindericos de primeira e Mindericos de segunda.
E o Vitor, agora não comenta nada??
Nem manda bocas ofencivas???
Porque será??
O Vítor não comenta nada provavelmente para que a MERDA não cheire ainda pior
É mais que claro que houve uma tentativa de silenciar o Jornal de Minde
Caso contrário o Agostinho Nogueira ao escrever aquele artigo no mês passado estava a fazer o quê?
A levantar suspeições sem fundamento?
Não acredito
MEXAM MUITO NA MERDA, MEXAM
QUEREM VER PARTE DA MERDA?
(escrito do Micaelo em 5/12/2007)
Os editores do JM não levaram o "aviso" a sério, reíncidiram no "crime", e agora veio um ultimato e tiveram de ser confrontados com um "puxão de orelhas" da Comissão Fabriqueira. Quem manda pode, e a equipa do Jornal de Minde veio a público responder:
..."De qualquer forma, a equipa mantém toda a disponibilidade para aceitar a decisão da Comissão Administrativa da Igreja, caso esta, agora ou em qualquer momento, entenda proceder à sua substituição."
(escrito do Micaelo em 4/1/2008)
pm disse...
Abordei o assunto, mas ninguém leu uma linha minha a criticar a Comissão Fabriqueira. Aliás, como podem confirmar no arquivo, "censurei" até muitos comentários um pouco abusivos.
----------------------------
QUEREM AINDA MAIS MERDA?
aqui vai: o artigo do mês passado era assinado pelos "editores do jornal de minde"
O artigo deste mês vinha assinado SÓ pelo Henrique Lobo
Para meio entendedor meia palavra basta
Enviar um comentário