No post anterior o JMQ refere a sua indignação pela falta de divulgação e mediatização que a inauguração do Museu de Aguarela Roque Gameiro teve. Concordo plenamente.
A família do Mestre expressou a sua preferência pelo Presidente da República, mas como o Sr. Cavaco Silva não participa em actos inaugurais durante campanhas eleitorais, e como era "urgentíssimo" que esta obra foose inaugurada nesta fase do campeonato, tivemos de nos contentar com o Presidente da Assembleia da República (que fez lindamente o papel) a um fim de tarde de uma 4ª Feira.
A divulgação do Museu logo se faz. Agora é muito mais importante dar continuidade ao arraial da campanha eleitoral, porque isso é que dá votos. Tem sido assim o lema ICA e essas coisas da promoção e divulgação só dão chatices e trabalho. Quem vota é aqui a malta do concelho e esses jornalistas de Lisboa não interessam nada, e até podem ser perigosos com os seus escritos e idéias "menos amareladas".
E já agora: O Museu não leva uma placa ou algo identificador de que edifício se trata no exterior? Assim, será difícel alguém advinhar, mas como parece que o Museu vai agora entrar de férias, também não é preciso.
Mas, caro JMQ, não fiques preocupado porque ainda vêm aí muitas inaugurações de museus, e algumas delas em Minde, como o Museu das Comunidades, que ainda julgo não ter lugar definido (talvez no local do coreto). Recordo-te um excelente artigo que publicaste aqui, no Minde-Online, em 14.12.2007, sobre o Plano de Acção Operacional da CMA, designado por ALCANENA 2013, e posteriormente rebaptizado de ALCANENA XXI:
MUSEU DO TERRITÓRIO
Quem disse que o Plano de Acção Operacional ALCANENA 2013 era um mero conjunto de intenções?
Tem aspectos bem concretos. Com a diminuição da actividade industrial no concelho e consequente diminuição da população activa, vai-se de transformar o concelho de Alcanena num enorme...museu! Olhem só para esta pérola:
«Com a criação de uma rede museológica em Alcanena – Museu do Território –, pretende-se potenciar o desenvolvimento de uma rede integra capaz de articular os vários núcleos/espaços museológicos existentes ou a criar no concelho de Alcanena. Propõe-se, para o efeito, a seguinte rede:
- Museu do Curtume (Alcanena),
- Museu do Curtume (pólo da Gouxaria),
- Museu da Comunidade (Minde),
- Museu Roque Gameiro (Minde),
- Museu Rural e Etnográfico (Espinheiro),
- Museu da Boneca (Alcanena),
- Lagar Museu (Malhou),
- Moinho Típico (Malhou),
- Eco Museu (Serra de Santo António),
- Museu da Vela e da Vassoura (Monsanto),
- Museu do Traje Tradicional (Gouxaria),
- Núcleo de Arqueologia (Moitas Venda),
- Museu de Arte Contemporânea (Alcanena)
- Carsoscópio (Olhos de Água).»
Um projecto com um custo previsto de 4 (quatro) milhões de euros...dos quais um milhão e 850 mil serão para o Museu do Curtume (quase metade!) Isto para ser implementado até ao ano de 2010 (2009 para o Museu do Curtume).
Depois é descrito o Museu do Têxtil para Minde (que não pertence à rede do Museu do Território ou então teremos uma errata - onde se lê Museu da Comunidade, leia-se Museu do Têxtil) com um custo estimado de um milhão e 880 mil euros, mas já a fazer entre 2009 a 2010.
(...)
Ler texto completo AQUI
NOTA:
Quatro destas infraestruturas culturais já se encontram em funcionamento, e o Museu do Curtume em Alcanena (ainda falta o da Gouxaria) está quase concluído, faltando equipar.
Portanto, até 2013, segundo o projecto ICA, ainda há aí muito museu para inaugurar e certamente será possível termos o Presidente da Repíblica muito brevemente no Concelho.
O problema maior para que se cumpra este "sonho amarelo" serão os euros (e agora os votos).
Dos 4 milhões previstos no referido plano para o projecto Museu do Território, 1,8 milhões já voaram na construção do Museu do Curtume de Alcanena, e ainda se prevê outro tanto para equipar. Se adicionarmos um milhão que o Presidente Azevedo diz ter custado o Museu de Aguarela, já entramos em saldo negativo, faltando ainda contabilizar os 200 mil do Museu da Boneca.
CARSOSCÓPIO
A propósito do Centro de Ciência Viva do Alviela, infraestrutura inaugurada há pouco mais de um ano, basta uma visita ao exterior para comprovarmos a qualidade construtiva das obras que têm sido promovidas por este executivo.
São dezenas de painés em madeira, que revestem o edifício, que se encontram caídos e completamente empenados. Quem teve a ideia de revestir com madeira vulgar uma fachada totalmente exposta ao sol e chuva, deve viver noutro planeta e habituado a gastar com a carteira dos outros.
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