04 agosto, 2009

Infectados com Gripe A podem ser tratados na extensão de saúde de Minde


O Agrupamento do Centro de Saúde (ACES) da Serra d’Aire pretende utilizar uma parte das instalações da extensão de saúde de Minde para tratar e encaminhar pessoas contaminadas pela gripe A. A intenção foi comunicada ao executivo municipal por Pedro Marques, director do ACES de Serra d’Aire, numa reunião realizada na semana passada.



A informação inicial dada ao executivo, composto pela maioria de independentes, foi que a extensão de saúde de Minde é o local mais apropriado para receber um serviço especializado para tratar e encaminhar os utentes que contraiam o vírus da gripe A. Com efeito, e de acordo com esta intenção, Minde será o único pólo de tratamento destes doentes, no conjunto de todos concelhos que integram o ACES de Serra d’Aire - Alcanena, Torres Novas, Entroncamento, Ourém e Fátima (um universo de 130 mil pessoas).

Na altura em que tomaram conhecimento desta possibilidade, os independentes não emitiram nenhum parecer, pois quiseram levar o assunto à discussão no seio de todo o executivo, mas quando confrontaram os vereadores da oposição, depararam-se com opiniões contrárias.

Eduardo Marcelino, vice-presidente da autarquia, disse não compreender a razão da escolha: ”Estamos localizados numa zona periférica e somos um concelho pequeno. Não consigo por isso perceber por que razão Alcanena foi escolhida para ser rectaguarda deste serviço”, referiu na última reunião de Câmara, realizada na segunda-feira, dia 27 de Julho. ”Disseram que as instalações da extensão de saúde de Minde são a que têm melhores condições, mas esse é um argumento que não colhe”, disse ainda inconformado. Marcelino disse por fim que vê a instalação deste serviço em Minde com muita preocupação.

Do lado da oposição, Fernanda Aceisseira (PS) e Ana Cláudia Cohen (PSD), manifestaram posições contrárias. A socialista disse que a Câmara ao colocar em causa o serviço, põe igualmente em cheque a competência do Ministério da Saúde: ”Obviamente que ao preparar-se um serviço desta natureza, as consequências deverão estar devidamente salvaguardadas”, referiu. ”Não tenho qualquer tipo de preocupação, porque tenho confiança nos serviços de saúde”, concluiu.

Do lado social-democrata, Ana Cláudia disse que se forem tomadas todas as medidas de segurança, e se a população não for exposta ao perigo de contágio, não vê por que Alcanena deva dizer não ”Se eu estivesse no poder saberia o que decidir. Eu vou para a rua dizer que estou a favor e desejo mesmo que o serviço seja instalado não em Minde, mas sim em Alcanena”, argumentou.

Soube-se entretanto, durante a runião camarária, que o ACES está a tentar encontar mais uma solução em Ourém, e depois de esgrimidos alguns argumentos, os independentes cederam, e aprovaram apenas uma recomendação que vão fazer chegar aos serviços de saúde. O texto diz: ”Estamos disponíveis para fazer parte da solução, mas estamos preocupados com o que pode acontecer em termos de saúde pública”. Fernanda Aceisseira disse não se rever na preocupação expressa pelo executivo.

O serviço de tratamento de infectados com o vírus H1N1 da gripe A, independentemente do local escolhido, funcionará 24 sobre 24 horas, com uma equipa permanente de médicos e de enfermeiros. Não haverá resposta de internamento (esse serviço será assegurado pelo hospital de Tomar) e apenas se farão exames de diagnóstico. Nos casos em que se confirme o contágio, os doentes ou serão medicados e encaminhados para casa, ou serão sujeitos a internamento.



NOTA: Mas qual é o problema de Minde ser um Centro de Diagnóstico da Gripe A? A saúde pública fica afectada?!!! E os utentes dos outros Centros de Saúde que irão fazer o mesmo? Deixam de ir ao Centro de Saúde com medo? Por amor de Deus, é só mais uma gripe! Lavem as mãos...

(retirado do Jornal Torrejano. Publicado por este site em 28.7.2009)

7 comentários:

Anónimo disse...

Uma pergunta a Exm.Sra.Dra.Filomena tb seria uma médica desta extensão??

Anónimo disse...

Mas tem alguma lógica este serviço vir para Minde, uma localidade tão periférica em termos do Agrup de Centros de Saude? Até parece q querem empurrar aquilo q não interessa para os outros ( nem para Alcanena).

Anónimo disse...

é fácil falar desde Aveiro...

JMQ disse...

Porquê?

Acaso em Aveiro a probabilidade de apanharer a gripe é menor? Encontro-me todos os dias na ida e vinda do emprego com turista, sobretudo espanhois. Eu sei lá...

E Aveiro não tem um hospital? Se fôr às urgências os enfermeiros estão de máscara. Em Minde não estão?

Anónimo disse...

Esta discussão parece terceiro mundista... Se o poder central quisesse construir um hospital em Minde a resposta dos mindricos seria"não queremos porque podemos apanhar doenças"?... Qualquer hospital é, por natureza, um polo de concentração de doenças, as mais variadas. Por princípio quem lá chega nem sabe que doença tem, pode ser tuberculose, lepra, sífilis ou sida... E isso é motivo para deixar de se constrir hospitais?
Se a gripe vai ser tão global como se prevê, não é melhor ter o centro de diagonóstico ao pé da porta do que em Ourém ou em Tomar? E porque é que a população está em maior risco de contrair a doença por causa do centro de diagonóstico estar em Minde? Pretende ir lá passear aos domingos à tarde?

médico de família disse...

Quanto mais depressa os mindericos apanharem a gripe A, mais depressa ficam imunizados. Estes icas ao estarem contra, mais uma vez demonstram o seu raquitismo mental.

Anónimo disse...

Já percebo porque é que ninguém vê o JJ!
Anda nestes blogs a lutar contra a saúde de Minde!
Devia lutar contra a saúde de quem pôs o concelho neste estado, mas não pode por ser considerado suicidio (pelo menos politico e económico, no caso dele).