02 março, 2007

Noite Alentejana



Atão naé compadre? Vamos lá a votos. É amanhã, no Pav. Ana Sonsa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ainda trago um gosto a trigo atrás de mim
Que se me agarrou à alma ao nascer
Sou como um carreiro longe de ter fim
Como quem ceifou cearas sem saber
Sou lá donde ninguem fala as marés
De onde o horizonte queima o olhar
Por paixão ainda trago arder nos pés
O calor de uma seara por cortar
Já cantei desde a nascente até à hora do Sol pôr
Já naufraguei nas ribeiras ao luar

Ai Alentejo quem te amou não se esqueceu
E ainda se ouvem os teus ecos
Nas cantilenas do Sol

O Sol deu-me histórias velhas p’ra contar
Que eu guardei de manhãzinha ao pé do rio
Em Janeiro roubei mantas ao luar
E a um pastor roubei um tarro e um assobio
Já corri atrás dos corvos já me perdi nos trigais
Ouvi rolas nos sobreiros a cantar

Ai Alentejo quem te amou não se esqueceu
E ainda se ouvem os teus ecos
Cada vez que a lua cai