07 janeiro, 2009

Do Jornal de Minde


O Jornal de Minde, edição de Dezembro 2008, já está nas caixas de correio dos seus assinantes, e, dos vários interessantes artigos, deixo aqui uma referência e a transcrição de um, publicado na última página pelo Sr. Agostinho Nogueira, que expressa bem o prestígio que este mensário regionalista continua a ter após 50 anos de publicações.
Este artigo também espelha bem o "funcionamento a toque-de-caixa" das autoridades locais. Têm mais receio de uma foto, do que empenhamento em resolver atempadamente os problemas da terra. Só a vergonha (e a perspectiva dos votos) os faz mexer.

Um bem-haja ao Jornal de Minde !!!


O nosso repórter
Era um Domingo. Estávamos a acabar o último número do jornal. Ao colocar a secção do nosso Prof Abílio, sobrava um espaço. Demasiado grande para preencher com aumento de letra, mas pequeno demais para ocupar com outro artigo.

Quando assim é, normalmente os artesãos dos jornais preenchem com qualquer mensagem inofensiva, do tipo “Leia, assine e divulgue o nosso jornal!” “Colabore na campanha a favor da
preservação do lince ibérico ou da serra da Malcata!” - “Papel higiénico vende-se nas nossas instalações”…
Como não temos papel higiénico nem instalações, não sabemos se ainda há linces na serra da Malcata ou se ainda há quem queira pagar para receber jornais em casa, depois que os supermercados inundam de borla as nossas caixas do correio…
-Tens aí a máquina fotográfica. Vai lá acima e tira uma ou duas fotos na Rua do Valezinho. Fica logo o problema resolvido.
O nosso repórter saiu para a rua, foi ao local e bateu as fotos. Pelo caminho alguém lhe perguntou:
-É para o jornal?
-Nunca se sabe!
Voltou à redacção, das duas fotos escolhemos uma…
-Tá feito!
Uma última olhadela, tudo em ordem, siga para a Tipografia!
Entretanto a notícia correu de boca em boca. O Jornal trazia um artigo sobre a Rua do Valezinho. Com foto e tudo! Chegou aos ouvidos das autoridades. Meteram-se telemóveis e cunhas para cancelar o artigo. O Director não atendia, na Redacção já não estava ninguém…
Na segunda-feira logo de manhã o Estado Maior, em peso, estava no local. Quando é que podemos continuar as obras, esta chatice do algar que apareceu no sítio onde não se contava, como é que nos havemos de defender das diatribes do Jornal…
O jornal chegou no dia seguinte. O tal artigo afinal eram só três linhas e uma imagem inofensiva…

Moral da história:
1 - O nosso repórter quando sair à rua vai passar a levar a máquina bem camuflada debaixo do capote, não vá o diabo estar à espera em alguma esquina para o mandar sequestrar.
2 – Como já doutra vez dissemos: - Não valia a pena gastar tanta cera com tão ruim defunto.
3 – Dar colaboração a um diminuto pasquim da rua ao lado, tem vezes que é muito enfadonho… mas também tem vezes que dá muita pica!

A Nogueira, in Jornal de Minde, Dezembro 2008




O Seu, a Seu Dono
Na edição de Novembro 2008 do Jornal de Minde, foi publicada a foto abaixo (Mar de Nevoeiro) com a legenda "Minde - “Uma fotografia diferente” enviada por Ricardo Henriques".
Nem eu, e julgo que o autor também não, temos algo contra a publicação da foto (até gostei), mas é da mais elementar justiça referir que esta espectacular e original foto é de autoria de Pedro Costa, publicada pela primeira vez, pelo autor, no blog privado da organização do BTTminde, e posteriormente publicada aqui neste blog, com a devida autorização do autor, em 06 Julho 2009, e cujo artigo reproduzimos integralmente.

Qual mar de Minde... mar de nevoeiro!

( Click na imagem para ampliar)

Só bem cedinho se consegue tirar uma foto destas.
Foi o que fez o Peter no dia 16 de Maio quando andava preocupado e a investigar a meteorologia para o BTT Minde. É uma foto espectacular tirada do local onde ficaria a "matar" um miradouro. O tal Miradouro da Costa.

8 comentários:

Anónimo disse...

Pena que o Jornal de Minde não tenha revelado os autores dos telefonemas.

Entretanto, após 3 anos de intenso mutismo, vários corajosos da política começam a mexer. A criticar a torto e a direito.

Só que, e as coisas têm sempre um só que, durante estes 3 anos passados jamis apresentaram propostas para resolver problemas nos pelouros que ocupam.

Vai ser vê-los a aparecer agora a dizer que o rei vai nú,

Mas enquanto autarcas da oposição ou oposições, NÃO FIZERAM A PONTA DE UM CORNO.

Mas ei-los impantes armados em Mindericos de gema.

Pó caraças!

QUEREMOS O PEDRO MICAELO NO PODER!

PM disse...

Parafraseando um comentador anónimo noutro post, este PNEThumor é mesmo humorístico.

O P. Micaelo não tem aspirações a qualquer tipo de poder, nem acho que tenha formação e competência para tal.
Mas dá para rir.

Anónimo disse...

Pedro Micaelo

Não penses que estou a brincar. Penso que certas pessoas, como tu, deveriam pelo menos ter lugar na Assembleia Municipal Pelo menos haveriam propostas na mesa e debates.

A pasmaceira acabaria.

É claro que o comentador que assina como PNEThumor sou eu, o VMCS.

Dá-me para brincar de vez em quando. Pelo menos dá-me gozo ver certas pessoas a saltar e a vir aqui colocar posts anonimamente quando eu escrevo certas coisas.

E muitas coisas que escrevo são apenas para provocar reacções.

E já agora, afirmo o seguinte: apesar de muito ter criticado a estratégia dos ICAS nos últimos anos, há que reconhecer que nem tudo o que fizeram é mau, antes pelo contrário - muitas coisas boas também realizaram.

Mantenho, no entanto as críticas que sempre fiz, nomeadamente a pequenez do Museu Roque Gameiro, o ataque que fiz à possível ocupação do Largo das Eiras, o atraso na construção da zona industrial de MInde, a não considerção de um polo industrial a Norte do Concelho.

E agora, caros anónimos, podem começar a "bater".

haha

Vítor Manuel Coelho da Silva

Anónimo disse...

o que é ou onde é a rua do valezinho?

PM disse...

É a Rua do Cruzeiro (a da foto) que dá acesso ao Valezinho

Anónimo disse...

Por acaso também concordo. A assembleia municipal de Alcanena ou, a não ser possível, a assembleia de freguesia de Minde, são lugares à medida de pessoas como o Pedro Micaelo, que não têm medo de falar, discutir, problematizar, reflectir, votar de acordo com a sua consciência e de acordo com o interesse público, o bom senso e o futuro das populações, do concelho e da freguesia.

Estarem nesses locais pessoas que não têm qualquer vontade em lá estar, em a sua presença lá não adianta nada para além da marcação de uma presença e, na maioria das vezes, não percebe, não conhece e não se interessa pelo que se discute, bastando-se por votar e dizer ámen ao cacique que as controla, penso que não vale a pena.

Gostava muito de poder circunstanciar este post com exemplos práticos, mas o Exmo. Presidente da Assembleia Municipal, Dr. António Branco, não publica uma acta da assembleia municipal há mais de 4 anos...!!

É isto competência? Serviço Público? Interesse em bem cumprir um cargo eleito e em informar a população?

Não me parece.

Pedro:
Se algum dia estiveres na assembleia municipal ou na assembleia de freguesia (onde também não se conhecem actas), ao menos exige que publiquem, na internet e nos sites das instituições, as actas das reuniões.

É o mínimo.

PM disse...

Obrigado pelas palavras. Talvez um pouco lisonjeiras demais, mas como o Natal ainda foi há pouco tempo, compreende-se.

Numa coisa estamos de acordo: As actas devem ser publicadas e há aqui uma falha grave de alguém.

Um abraço, e Bom Ano
PM

Anónimo disse...

Estas tentativas dos ICAS quererem controlar e censurar o que se publica no Jornal de Minde, são ridiculas e de gente que tem mais medo que vergonha.
É um absurdo e um atentado contra a democracia de Abril.
Quero deixar aqui o meu voto de confiança e solidariedade para com os editores do JORNAL DE MINDE