19 fevereiro, 2009
O futuro do Largo das Eiras
Segundo um "passarinho anónimo", amanhã, dia 20, irá ser discutido e decidido na CMA qual o destino a ser dado ao Largo das Eiras. Uma decisão de peso que poderá "mexer" muito na política local. A polémica em torno desta questão é demasiado quente.
A posição da CMA tem defendido a construção da sede conjunta do Conservatório de Música do CAORG e a sede da Soc. Musical Mindense, mas existe uma enorme oposição de Minde que defende que aquele espaço deve ficar amplo e ajardinado.
Duas hipóteses, duas possíveis soluções !!!
Construir um edificio naquele local, significa atrofiar uma área nobre de Minde, com grande prejuízo para o valor estético da vila e aumentar o maior défice de estacionamentos e de áreas públicas de lazer. É fácil ver que a área dísponível nunca poderá comportar espaços dignos que sirvam as duas instituíções, a não ser que se opte por uma obra volumétricamente sobredimensionada para a zona, ou seja, um mamarracho, que para além de ocupar o largo, minimiza ainda mais a Capela de St. António.
Ir-se-á gastar mais uma pipa de massa sem um mínimo de lógica e saber. Basta ver o que fizeram em Alcanena e chamam de Museu do Curtume. Nem espaço, nem museu!
A outra hipótese será deixar como está, e vocacionar aquele espaço para uma ampliação da área pública, com um arranjo urbanístico prevendo uma àrea de jardim, enriquecimento possível com um novo frontão e entrada da capela, criação de um pequeno monumento, etc., não descurando a possibilidade de uma àrea envolvente com vários estacionamentos.
Será uma hipótese muito menos comprometedora com o futuro, muito mais económica, e que mais se adequa às vontades populares e a todas as lógicas e normas de um crescimento urbano adequado e estruturado.
É fácil imaginar que a própria Casa Açores ficará muito mais valorizada tendo como envolvente uma praça deste género, do que ficar discretamente numa rua onde o edificio da frente é mais um prédio "daqueles".
Ao invés, este espaço, juntamente com a capela e o coreto constituiriam por si um prolongamento natural e cultural da própria Casa Açores.
Não há necessidade de...
Existem muitas outras possíveis soluções para edificar as necessárias sedes do CAORG e da SMM, mas esta é uma solução má de mais. Terrenos há muitos, praças há poucas. Será uma solução contra-natura. Uma solução desnecessária, que compromete o futuro e que não servirá os melhores interesses de Minde como povoação.
Minde já não tem o boom industrial, mas tem boas estruturas sociais e culturais que tem que potencializar ao mesmo tempo que ir "embelezando" e caracterizando a terra, de modo a que a mesma se torne num local aprazível de viver. Boas condições (escolares, culturais e desportivas) e lugar agradável são já duas boas, e muito válidas, razões para se viver e ter família em Minde. Neste contexto, o Largo das Eiras pode ser um local muito bonito e agradável. Não o estraguem!
Será com esta perspectiva que entendo que os "Donos de Minde" devem equacionar o futuro deste espaço que teve origem na polémica demolição das Antigas Escolas, e que não agradou muito a vários quadrantes da população.
A asneira ainda pode ser remediada, mas também pode ser aumentada.
Há um ano atrás, o autor do blog Pensar-Minde ecreveu um comentário no Minde-Online, que subscrevi:
Pensar Minde disse...
"Minde, os deputados da região, a Câmara de Alcanena, a Junta de Freguesia e o Largo das Eiras.
A população de Minde continua a desconhecer o que se anda a projectar secretamente para o Largo das Eiras e para o espaço envolvente à Casa Açores. Digo secretamente porque, do pouco que se sabe, têm existido negociações entre 4 entidades para, alegadamente, ocupar aquele espaço com um edifício que albergue as sedes do CAORG e do SMM (Banda).
Além daquelas duas, as outras entidades são a Junta de Freguesia de Minde, através do seu incansável e omnipresente Presidente e, claro, a Câmara Municipal de Alcanena.
Mesmo depois de uma chuva de acusações, rumores e conversas de café por parte da sociedade civil, nenhuma destas entidades se dignou a informar o povo de Minde acerca do que é que se pretende fazer naquele terreno público e naquela zona central de Minde.
Alguns chamariam a isto má educação, incompetência, despotismo, sobranceria, etc.. Eu chamo, simplesmente, desconsideração pela população e abuso de poder. (...)
(...) continua Pensar Minde disse... 31.01-08
Ler "A Impunidade" 11.01.07
NOTA FINAL: Ninguém quer as escolas antigas de volta, mas esperemos que haja bom senso, e que os autarcas, neste final de mandato, optem por uma decisão que não comprometa o futuro, e que não tenha em vista a retribuição de favores eleitoralistas.
Opiniões púlicas são muitas, e algumas conhecidas e afirmadas.
É um assumto que merece ponderação. Uma decisão menos adequada irá gerar muitas opiniões controversas e dividirá muito a sociedade minderica. É uma decisão séria e marcará quem a tomar!
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8 comentários:
A reunião de Câmara é pública, portanto quem nisso tiver interesse, principalmente aqueles que defendem que só pode perguntar e discordar quem vai a reuniões e assembleias-gerais (nunca pensei ver o Pedro Micaelo incluído neste grupo...), o melhor é ir a Alcanena a esta reunião.
Largo das Eiras muito falado na assembleia municipal do dia 20/2/2009. Conta aqui o que se passou.
Afinal esta discussão deu-se na assembleia municipal ou naa reunião de câmara?
bem, se for na assembleia municipal, bem podemos esperar sentados. Como não há actas dos últimos 4 anos, esta acta lá para 2013 estará cá fora.
Não sei, nem faço idéia, e só o saberemos daqui a uns meses. Nem sei se alguma vez esteve agendado.
Neste concelho, oficialmente nunca se sabe nada.
Não sabes? Então andas a escrever sem cuidar das FONTES?
Que raio de jornalismo é esse?
Isto não é um jornal. É um blog.
Minha gente, já dei para este peditório.
Façam no Largo do Coreto aquilo que as vossas inteligências iluminadas achem apropriado. No entanto se persistirem nas parvoices caorguianas só me resta dizer: Ide-vos .....!
Construir uma escola de música no sítio das antigas escolas, que falta de bom senso de facto.
Há uma vontade de mandar abaixo que é uma coisa parva.
Pensar que um estacionamento ali é o melhor tem uma lógica desgraçada, percebe muito de urbanismo... no meio da vila...
Mas condena-se algo que traz VIDA ao centro de Minde, movimento aos pequenos negócios que ainda ali sobrevivem e sem importunar ninguém ao contrário do que querem fazer passar.
Se há algo que aquela zona de Minde precisa é movimento e pessoas
Mais um jardim? não chega o largo do coreto e o da casa Açores? Q
Muita largueza quer esta gente... tanto no largo das eiras como na caixa craniana.
Se embelezar é um parque de estacionamento presumo que a paisagem dum centro comercial seja deslumbrante, já uma obra arquitectónica de um arquitecto de prestígio é má DEMAIS?!!
Não há segredos nenhuns as pessoas é que gostam mais da conversa de café do que tentar apurar os factos. E a discussão com a população se for para trocar argumentos tão inválidos como os aqui apresentados nem vejo a vantagem. De qualquer forma informo que os projectos municipais estão sujeitos a discussão pública, mas julgo que estes factos pouco interessam a quem apenas gosta de lançar rumores, boatos e picardias de café.
Cumprimentos Mindericos
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