20 julho, 2008

Património Nacional



Quase sempre ignorado, e tantas vezes omitido pela CM Alcanena (até no próprio site), o facto é que as únicas edificações do Concelho de Alcanena consideradas Património Nacional e classificadas de Interesse Público pelo IPPAR, são a Igreja Nª Senhora da Conceição na Louriceira e a Igreja Nª. Senhora da Assunção (ou Matriz de Minde) em Minde.
Esta é uma realidade que, ao invés de ser ignorada, devia ser valorizada, e promovida com muito mais dignidade.
Podem-se apregoar muitos projectos culturais e construir muitos museus mas, por enquanto, ainda são estas duas edificações que os senhores do Ministério da Cultura classificaram de Património Nacional de Interesse Público.



Sobre a Igreja Nossa Senhora da Assunção, ou Matriz de Minde, no site oficial do IPPAR - Instituto Português de Património Arquitectónico, podemos ler:

  • Designação - Igreja de N. Senhora da Assunção, Matriz de Minde
  • Categoria / Tipologia - Arquitectura Religiosa / Igreja
  • Situação Actual - Classificado
  • Categoria de Protecção - IIP Imóvel de Interesse Público
  • Decreto - 2/96, DR 56, de 06-03-1996
Descrição:
Dedicada a Nossa Senhora da Assunção, a igreja matriz de Minde foi restaurada em 1648 conforme indica a inscrição no frontão que coroa a fachada. Não se conhece o ano da sua edificação, mas somente as diversas campanhas de que foi objecto a partir de meados do século XVII, pois grande parte destas intervenções encontra-se datada em diferentes elementos do templo.
O ano que surge a seguir a 1648 é o de 1704, no portal da fachada lateral Norte indicando, muito possivelmente, a sua construção. Já sobre o portal principal figura em caracteres romanos o ano de 1732. Entre a realização dos dois portais, há registos de uma campanha de talha dourada, em 1723, responsável pela colocação dos retábulos e dos azulejos da capela-mor, estes últimos, em azul e branco representando o Nascimento de Cristo, a Adoração dos Magos e Pastores, a Visitação e a Anunciação.
A fachada principal é delimitada por pilastras, coroadas por pináculos, com a torre sineira à direita, num plano ligeiramente recuado. Ao centro, abre-se o portal de linguagem clássica, ladeado por pilastras caneladas e coroadas por pináculos, estes já sobre o entablamento. A janela do coro, de linhas rectas, encontra-se entre o portal e à base do amplo frontão contracurvado que coroa o alçado, e que denuncia, tal como o portal lateral de 1704 ou a sineira, um dinamismo mais próximo do barroco.
No interior, a nave exibe duas capelas e dois altares colaterais, com retábulos de talha dourada, apresentando tecto de madeira e coro alto assente sobre colunas de cantaria. A área dos altares, elevada em relação ao pavimento da nave e protegida por balaustrada, é revestida por azulejos seiscentistas de padrão polícromo e outros figurativos mais recentes. Na capela-mor, e para além do revestimento cerâmico já referido, importa destacar a pintura de quadratura da abóbada e o retábulo de estilo nacional. (RC)

Sem comentários: