04 setembro, 2007

Comissão de Defesa do Rio Alviela foi “abafada”

Eduardo Marcelino (ICA), vice-presidente da Câmara de Alcanena, lamentou, na reunião do executivo de segunda-feira, que a Comissão de Defesa do Rio Alviela não tenha realizado qualquer reunião depois do Festival do Alviela de 2006. Segundo o autarca, a comissão não tem realizado o trabalho concertado que se pretendia entre os dois municípios por onde passa o Alviela. “Por motivos que nos são alheios e desconhecidos, podemos dizer que a comissão foi abafada”, afirma Eduardo Marcelino.

A Comissão de Defesa do Rio Alviela, criada em 2006 por iniciativa do município de Santarém, integra representantes das câmaras dos dois concelhos e das juntas de freguesia ribeirinhas, além de associações ambientalistas e de deputados eleitos pelo distrito para a Assembleia da República.
Segundo informação do autarca de Alcanena, o órgão é presidido pelo presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros (Santarém), mas Firmino Oliveira (CDU) desmente que esteja a ocupar o cargo. “Sou apenas um membro do secretariado, representante das freguesias ribeirinhas do concelho de Santarém”.

O presidente da Junta de Vaqueiros confirma, no entanto, que não tem sido realizadas reuniões da comissão. “Nunca foi possível reunir, às vezes por indisponibilidade dos autarcas de Alcanena”, sublinha. Firmino Oliveira afirma ter solicitado por diversas vezes à Câmara de Santarém para que fossem organizados os encontros do secretariado, mas nunca obteve sinal verde, pelo que desistiu. “Não me compete a mim agendar as reuniões”.



O autarca de Vaqueiros diz não se sentir atingido pelas declarações de Eduardo Marcelino, porque sempre tem mostrado vontade em pôr a comissão a funcionar – “eu estou sempre disponível”.

O presidente da autarquia de Santarém não quer entrar em polémicas, mas não aceita responsabilidades pela ausência de reuniões da comissão. Moita Flores (PSD) pede a Firmino de Oliveira para que “puxe pela memória”. O autarca afirma que “alguns elementos da comissão (autarquias de Santarém e Alcanena) têm actuado em defesa do Alviela” e anuncia que na próxima semana irá realizar-se um encontro informal com os membros da comissão para “proceder a uma reorganização” daquele órgão.
In "O Mirante" »»»

COMENTÁRIO:
É só Folclore. Vivemos num país do faz de conta.
Nomeiam-se comissões e comissõezinhas, dão-se conferências de imprensa, organizam-se mega festivais, e é tudo por uma causa fingida. Afinal a Comissão de Defesa do Rio Alviela nunca sequer reuniu.
Tudo apenas para criar tachos e dar um ar de que alguma coisa se está a fazer. Este Rio Alviela dava uma Novela !

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