30 julho, 2007

Pista de Aviação da Giesteira

A Câmara Municipal de Ourém deliberou por unanimidade emitir um parecer favorável à utilização da pista da Giesteira por meios aéreos de combate a incêndios, de protecção civil e de emergência médica.
Numa visita recente ao local, o presidente da Câmara, David Catarino, disse que não vale a pena “olhar para as vicissitudes do passado”. O que importa é “avançar com o projecto”, sublinhou, acrescentando que o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) lhe assegurou que a pista tem condições para receber aviões com 60 passageiros e até aviões de médio curso.
David Catarino adiantou ainda que já foi constituído um grupo de trabalho, coordenado por Francisco Vieira, que irá agora elaborar um novo projecto para a pista da Giesteira.
Também está a ser planeado a criação de uma sociedade entre entidades públicas e privadas para a gestão do espaço, segundo acrescentou.



Centro de meios aéreos a funcionar a 100 por cento.
Presente na visita esteve também o governador civil de Santarém. “Estamos em Fátima, um local muito especial que pode ser complementado de uma forma muito decisiva com uma infra-estrutura destas”, referiu Paulo Fonseca aos jornalistas enquanto mostrava as instalações do Centro de Meios Aéreos de Fátima, que se encontra a funcionar no local desde o início do mês. “Vamos criar condições para que haja aqui uma infra-estrutura séria com projecção e com eficácia, capaz de responder às necessidade e às ambições de toda uma região”, acrescentou.
Confrontado com a possibilidade de vir a integrar essa parceria, Paulo Fonseca respondeu que o seu papel, enquanto representante do Governo, passa pela garantia do bom funcionamento do sistema, pelo desbloqueamento de problemas e pela dinamização e estímulo ao desenvolvimento de projectos sólidos, com capacidade de empenho. Por isso, a participação do Governo Civil não inclui essa hipótese, salvo indicação contrária por parte do Ministério da Administração Interna.
No entanto, Paulo Fonseca não deixou de lançar um apelo: “Que não haja a tentação de segmentar demasiado a gestão de um processo destes num determinado sentido”, defendendo a boa cooperação entre instituições públicas e privadas.



Considerou, por outro lado, que a integração do aeródromo de Fátima no dispositivo de combate aos incêndios e dos dois aviões ali estacionados significou um reforço substancial do sistema de homens e meios montados no distrito de Santarém. Esta foi a ideia defendida pelo Governador Civil, para quem existe este ano uma outra capacidade de resposta aos elevados números de ignições registados.



Os dois Dromaders do CMA de Fátima, com capacidade de dois mil litros de água cada um, actuam em primeira intervenção num raio de 30 quilómetros, realizando missões diárias tanto no distrito de Santarém como no de Leiria. Preparado para servir outro tipo de meios, como helicópteros, o espaço inclui uma pista com 1.600 metros, uma sala de telecomunicações, outra para pilotos, uma camarata e um armazém para material de manutenção, que permitem a permanência durante 24 horas dos oito bombeiros da Corporação de Fátima, para além dos três pilotos e de um mecânico. Está prevista ainda a construção de cinco hangares.
Também não está colocada de lado a hipótese de ali instalar uma escola internacional de pilotos. De acordo com o presidente do Aeroclube de Fátima, já há interesse por parte de escolas holandesas e belgas.
Fernanda Frazão in Noticias de Fátima

1 comentário:

Anónimo disse...

Podem chamar tudo ao homem!
Mas aquilo que fez, é obra!
Esperemos que seja aproveitada esta pista que parece ter nascido contra tudo e contra todos