12 março, 2008

Zona Industrial de Minde



As obras do loteamento industrial de Minde estão praticamente concluídas.

O prazo para inscrições e reclamações já acabou, e ninguém tem nada que protestar porque foi publicado no Diário da República e afixado um edital na "pagina da internet" da Junta de Freguesia de Minde, que é a porta envidraçada da entrada. Para cumprir a lei não é preciso mais.
No site da CMA, apesar de haver a secção Concursos Públicos, nem uma palavra. O segredo é a Alma do Negócio.
E tem sido com muito segredo que a Câmara tem lidado com este assunto. Não vá o diabo tecê-las, e se lembre alguém de vir investir em Minde. Por isso é que a CMA não fez qualquer accção de promoção e divulgação desta proclamada Zona Industrial.

Na Junta de Freguesia de Minde, existe uma lista com o preço dos lotes, mas quando solicitamos um mapa, ou um desenho para ver a localização dos mesmos, a resposta é: "Aqui não temos nenhuma planta nem sabemos muito disso. O melhor será dirigir-se ao funcionário da CMA / Luságua que está nas instalações do mercado."

Dirigimo-nos ao dito cujo funcionário, que não sabemos para quem trabalha, e ele esclarece que não está dentro do assunto, mas que vai telefonar para a CMA. Esperamos, e ele bem vai tentando, mas do outro lado da linha ninguém atende. A solução, diz-nos o mesmo funcionário, "é vir cá noutra altura".
E pronto, ficamos com o problema resolvido e cheios de vontade e entusiasmo para investir em Minde.

Este é o principal problema da (des) governação deste concelho. Enquanto que muitas câmaras neste país têm um Gabinete de Apoio ao Investidor que serve de alavanca e sedução ao investimento, em Alcanena, no meio de mais de 300 funcionários não há um mínimo de estruturação e coordenação nestes assuntos. É pena, mas é verdade! E num concelho fortemente industrial como já foi o nosso, os investidores começam a contar-se pelos dedos de uma mão.

E a solução para os 16 lotes deste loteamento para barracões?
Como não deverá ter havido um número de investidores interessados que, dentro do prazo, conseguisse ultrapassar todos os obstáculos e secretismos impostos, a solução será aquela que já se fala em surdina há muito tempo: Serão entregues ao construtor os melhores lotes como forma de pagamento dos serviços efectuados. Querem apostar ?

Pois é, bébé! As expropriações vão acabar por ter este destino.
A ver vamos!!


4 comentários:

Mindericus Vulgaris disse...

Olá, boa noite

No passado mês de Janeiro, defendi em artigo publicado no Jornal de Minde, que a dita Zona Industrial de Minde se deveria ficar por estes 16 lotes.

A restante verba (800.000 Euros) deveria ser aplicada no estudo do Polo Industrial a Norte do Concelho + Parque TIR.

Nos terrenos sobrantes da ZIM, que fazer?

Sugeri uma zona verde, com árvores bem escolhidas, um parque de lazer.

E ao ver esta semana um livro sobre o Parque Temático de Artistas de Oeiras, dei comigo a pensar "dentro da minha singela cabecinha":

Por que não um projecto idêntico para Minde?

Bem sei que haveriam logo certos e certas directores (as) de Colectividades que se insinuariam para que ficassem retratadas em esculturas para a posteridade.

Mas não nos atemorizemos. Valeria a pena criar uma Comissão de Notáveis que "escolhesse" quem ali devria ficar.

Temos bons antepassados que talvez merecessem uma lembrança para o futuro.

E agora digam lá todos em uníssono - ESTE GAJO PASSOU-SE DE VEZ

Anónimo disse...

Olhando bem para a foto mais parece uma pista de aviação que uma zona industrial, será que com mais uns metro de comprido não se faria ali uma pista para aeronaves de combate a incendios, sempre o espaço tinha alguma utilidade

Anónimo disse...

Axo que não se deveria expandir mais a ZIM... deveria ficar tal qual está!
Quanto aos lotes existente, a CMA em conjunto com o PNSAC deveriam estruturar um projecto de cariz ambiental, com zonas de lazer, percursos pedestres,alojamentos,cozinha tradicional, etc...tipo parque ambiental interpretativo, onde se desse a conhecer o que é o polje de minde, como foi criado, toda a sua envolvência, fauna, flora..etc.
Isto é que era ser racional e astuto, com contrapartidas a médio longo prazo em termos turisticos, sejam nacionais ou internacionais!

O QREN está aí...porque não aproveitá-lo?
Isto não é utópico!!!!!
Yhasz

Mindericus Vulgaris disse...

Olá, boa madrugada

Quando esperava o apoio de algum contribuidor crente nas virtualidades de algumas das minhas sugestões, eis que aparece o Yhasz a convergir comigo!

Vá lá, que de vez em quando aparece alguém no Minde-Online a dar razão ao "je"

hehe