«“As pessoas que se sintam prejudicadas por terceiros podem accionar processos judiciais” – esta é a conclusão do parecer sobre as cheias de Novembro passado em Alcanena, transmitida na reunião do executivo autárquico, da última segunda-feira, pelo vice-presidente Eduardo Marcelino. (...)
A divulgação do parecer do fiscal da autarquia sobre a situação vivida em Novembro levou a diversas criticas por parte da oposição. Os vereadores do PS e a vereadora do PSD classificaram como “lamentável” a falta de acção da câmara, nomeadamente no caso da idosa Etelvina Curates, de 91 anos, que perdeu diversos bens e os arrendatários de duas pequenas casas, que lhe garantiam o rendimento mensal necessário para viver uma velhice mais tranquila. A água das chuvas levou tudo e a velha senhora queixava-se, na edição de 21 de Fevereiro a "O MIRANTE", do vizinho, a empresa J.C.Ramalho, acusando-a de ter construído muros e de ter desviado as águas de uma ribeira sem ter pensado nas consequências.
A idosa apontava responsabilidades também à autarquia por ter permitido a situação. A empresa rejeitou, na altura, qualquer responsabilidade pela situação criada pela chuva forte no terreno de Etelvina Curates, mas o parecer apresentado na reunião da autarquia, segundo informações divulgadas durante a reunião, confirma a existência de irregularidades. A idosa, que se dirigiu por cinco vezes à autarquia para pedir ajuda, acabou por ceder à debilidade física.
Segundo a vereadora do PSD, Ana Coelho, a senhora foi vítima de uma pneumonia e acabou por ser internada num lar onde permanece até hoje. Caberá ao filho, eventualmente, avançar com um processo judicial.
A vereadora do PS, Fernanda Asseiceira, lamentou que a câmara não tivesse sido mais sensível à situação da idosa. A socialista defende que a autarquia devia, pelo menos, ter-se disponibilizado para reconstruir os muros da propriedade. “Lamento, com letras maiúsculas!”, sublinhou a autarca.» In "O Mirante" »»»
COMENTÁRIO:
Na altura lembro-me de ter visto o Sr. Presidente da Câmara de Alcanena a ser entrevistado na TV e a afirmar-se solidário com as vítimas e disponibilizar-se para prestar o auxílio possível.
Palavras bonitas, mas na hora da verdade, o mote habitual é "assobiar para o lado" e, nem mesmo o problema de uma senhora de 91 anos, foi motivo de sensibilização e solariedade.
1 comentário:
Quem quiser que se vá queixar ao tribunal? Será maneira de resolver problemas?
Não só assobiaram para o lado, como parece que ainda têm culpa no cartório.
Grandes autarcas!!!!!
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