24 fevereiro, 2008

A Relíquia, de Eça de Queirós, em Minde



José Maria de Eça de Queirós nasceu na Póvoa do Varzim no ano 1845, e é por muitos considerado o melhor escritor realista português do Séc. XIX.
"Os Maias", "O Crime do Padre Amaro", "O Mandarim", "O Primo Basílio", "A Cidade e Serras", "A Ilustre Casa de Ramires" são títulos de algumas das suas obras mais conhecidas, e em 1887 editou "A Relíquia".

Tal como muitos dos seus romances, "A Relíquia" foi objecto de várias adaptações teatrais, tendo, em meados do século passado, sido levado a cena, no Teatro Maria Matos, em palco rotativo, devido à sua grande complexidade de cenários.

Agora chegou a vez de passar ao palco do Cine-Teatro de Minde.
"A Relíquia" será o próximo projecto que o Grupo Boca de Cena pretende encenar. Uma obra com muito humor e uma forte dose de crítica social, bem ao jeito de Eça, que lhe deu como subtítulo a agora célebre frase sobre a nudez da verdade - "o manto diáfono da fantasia".

Em conversa informal ouvimos o mentor do projecto e encenador, Sr. Rogério Venâncio, falar entusiasticamente da idéia, com uma cópia da obra na mão, datada de 1934 e cheia de sublinhados e anotações. Mostrou-nos esquemas e esquiços do palco e deu para ver que o Sr. Rogério já tem o projecto todo planeadinho e até alguns intérpretes escolhidos.
O seu entusiasmo é contagiante, e, pela primeira vez, vamos ter uma peça em Minde com uma forte componente multimédia. E mais não digo...

A RELÌQUIA - Resumo da Obra

Publicado em 1887, o volume A Relíquia substitui a literatura predominantemente de observação de Eça de Queirós para dar vazão a um veio irônico e cômico que já aparecera na novela O Mandarim. Trata-se de um volume de crítica social contra a beatice e a hipocrisia. Pode ser visto dividido em três partes. A parte principal é apresentada como reminiscências de viagens e as outras duas constituem um traçado da vivência exageradamente beata da personagem D. Maria Patrocínio das Neves; e um apanhado psicológico da hipocrisia, representada pelo sobrinho de D. Patrocínio, Teodorico Raposo, homem de tendências liberais e libertinas. (...)


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