Peça sobre vida e obra de Bernardo Santareno no palco em Santarém.
O jovem místico e temente a Deus, filho de um revolucionário natural do Espinheiro que foi deportado para Angola, transformou-se num autor que fez dos seus textos gritos contra a opressão e a discriminação.
As cartas de amor que António Martinho do Rosário escreveu a uma senhora de Abrantes constituem parte importante da fonte documental que permitiu ao Veto Teatro Oficina reconstituir a vida e obra do homem que ficou famoso sob o pseudónimo de Bernardo Santareno. O grupo de teatro de Santarém vai levar à cena nos dias 23, 24 (21h30) e 25 (16h00) de Novembro, no Teatro Sá da Bandeira, a produção “Bernardo Santareno Nos Túneis da Liberdade”. Uma oportunidade para se ficar a conhecer melhor o homem e o dramaturgo que nasceu em Santarém em 1920 e faleceu em Lisboa em 1980.
Ficção e realidade caminham de mãos dadas durante cerca de duas horas de espectáculo onde se sucedem cenas sobre várias fases da vida de um homem que terminou os seus dias entre a amargura e o desalento. Um homem que na sua adolescência quis ser padre e a quem o pai, um revolucionário e fervoroso republicano oriundo de Espinheiro (Alcanena), foi resgatar ao seminário dos Olivais de pistola em punho dizendo que o preferia ver morto que o ver padre. Lenda ou realidade, a verdade é que o pai do escritor esteve associado a movimentos revolucionários durante o Estado Novo e foi condenado ao degredo em Moçâmedes (Angola).
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