26 janeiro, 2010

Com raça Minderica


Num dos milhões de blogs que existem por aí, no "Bloguex", alguém escreveu um pequeno artigo sobre Minde, onde referia a nossa terra como sendo uma "aldeola".
O curioso e interessante foi a réplica feita por um Sr. Carlos, que não é de Minde, mas que não deixou passar a "coisa" em branco e esclareceu devidamente o assunto através de um comentário digno da verdadeira "raça Minderica".



"Minderico
Há uns meses li a notícia sobre uma espécie de língua que se fala em Portugal e de que eu nuca tinha ouvido falar. Achei interessante. Hoje lembrei-me disto mas vi-me à rasca para encontrar coisas sobre o assunto no google porque, como de costume, esqueço-me de todos os pormenores do que li, e porque não há muitas referências à coisa. Como acho interessante, aqui vai, é uma coisa que se fala em Minde, uma aldeola na região do Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros, ali na zona centro, perto de Alcobaça e Santarém."
(...)

COMENTÁRIO:
Carlos disse...
Para informar e esclarecer:
Minde é uma Vila, freguesia do Concelho de Alcanena, Distrito de Santarém, faz fronteira com a Vila de Mira de Aire do concelho de Porto de Mós, Distrito de Leiria, mas também faz fronteira com a freguesia de Fátima, Altar do Mundo, concelho de Ourém, ainda no Distrito de Santarém.
Minde tem sido um importante pólo da indústria têxtil que nos últimos anos, como nos outros lados, atravessa a crise que todos conhecemos. Como vê, com todo o devido respeito, não é nenhuma aldeola como diz no seu blog. Quando vier a Fátima, passe por lá. Vai ver que vale a pena.
Quanto ao Calão Minderico, ele é único no País e os vizinhos de Mira de Aire não têm nada a ver com o calão. Sabem algumas coisas deste linguajar mas não passa disso.
Este calão está recentemente a ser estudado, para melhor ser conhecido do Mundo, com financiamento da Fundação VW o que parece querer demonstrar interesse cientifico de entidade credível.
Foi em Minde que nasceu e viveu o grande aguarelista Roque Gameiro e parte das suas obras estão patentes ao público no CAORG - Centro de Artes e Oficio Roque Gameiro.
Minde tem uma boa Banda de Música, a Sociedade Musical Mindense, como terra de cultura anualmente tem o seu Festival de Jazz, tem o seu Clube de Futebol, o Vitória Mindense e tem muito orgulho nos seus Bombeiros Voluntários.
Do ponto de vista paisagistico, estando perfeitamente integrada no PNSAC-Parque Natural das Serras de Aire e dos Candeeiros, tem nesta época do ano, e em todos os anos em que chove razoavelmente, uma atracção natural, o seu Polje que é uma concentração temporária de muita água, formando uma lagoa natural durante vários meses e onde se chegam a praticar diversos desportos náuticos.
Minde é uma terra interessante que vale a pena visitar e até a sua gastronomia é digna de registo onde o cabrito serrano tem um lugar de destaque.
Apesar de não ser mindense, nem minderico, mesmo asim, penso que o ajudei a esclarecer acerca da realidade de Minde que de facto não é nenhuma aldeola, com todo o devido respeito que todas as aldeolas me merecem.
Publicado em http://bloguex.blogspot.com/2010/01/minderico.html

ADENDA: (via e-mail)
Alé carranchano Pedro soletrei as didezas desse covano, e gambiei-lhe a do pinto lopes na piação do Ninhou. Gambio-te neste gertrudes conchego o que lhe piei:

Ao mirantar a tece tece do bruxo, soletrei esta classe de tati, e não fui antónio forno pelo que o covano gambiou com a do pinto lopes. Neste gertrudes conchego gambio a do pinto lopes ao covano para lhe jordar na chaveca que emane engenho cópio e não pie didezas do Ninhou. O Ninhou jorda um canteiro cópio e nele se emana um podê de engenhos copiíssimos. No Ninhou jorda uma classe ancha do touquim da do andré, para não piar noutras classe de engenho, tal como a classe da borra regatinhada de Mestre Migança. O covano deve jordar ao Ninhou em poucos passos para mirantar que o que piou é dideza.
Um cruzeiro
Carlos Amoroso


17 comentários:

Anónimo disse...

professores que passam por minde durante um ano lectivo referem que Minde é uma terra fechada sobre si mesmo que não se abre aos forasteiros.
sendo eu da freguesia de Minde mais precisamente da aldeia do Covão do Coelho e analizando as palavras de 3 colegas que por ai passaram não posso deixar de concordar com eles, salvo honrosas exepções, os Mindericos têm medo do que vem de fora tanto seja de longe...comoo de perto até pode vir do covão do Coelho.
LFV

El che disse...

Que comentário tão ridículo, errado e desfasado.
Os mindericos são abertos a toda a gente e a todo o mundo, senão não seriam uma "raça" conhecida no país todos e que tem conterrâneos em muitas partes do mundo.
São incontáveis as pessoas de fora que vieram para Minde e agora são tratadas como filhos da terra, ocupando lugares de destaque em empresas privadas e, especialmente, em cargos públicos.
Do que os mindericos não gostam é de trampa que venha de fora, quer venha de muito longe, quer venha dos nossos vizinhos do Covão do Coelho que, por acaso e para aborrecimento de alguns, também faz parte de Minde…

É que Minde não foge à excepção e, tal como a maioria das terras no mundo, como já cá temos alguma trampa, dispensamos aquela que vem de fora.

Ps: muita boa a resposta do Carlos naquele blog.

Borda da Mata disse...

Raça! O Carlos é o de cá? Hum?!
Mas é como se fosse. Ou mais ainda, não? Fez o que nós não fizemos, mesmo os bloguistas - chefões ou colaboracionistas - ou outros que por aí andam agora empicotados.
As coisas valem o que valem. Esta foi muito boa, Carlos.
Gâmbias, Carranchano.

Anónimo disse...

Para sua informação Sr LFV, aquilo que se ouve dizer por parte de professores de fora é exactamente o contrário do que afirmou. Apreciam bastante a zona e gostam de cá estar. Há mesmo uma série deles que, morando a 20 e tal Kms de Minde, preferem continuar a leccionar em Minde, quando podiam facilmente ser colocados mais perto das suas terras.Há mesmo alguns, que qd são colocados noutras terras manifestam a sua pena por não ficar em Minde.
Ainda lhe digo mais: um prof se tiver de escolher entre ficar em Minde ou no Covão, não hesita. E isto tb pode ser confirmado.
Passe bem, se puder.

LA disse...

Ó rapazes, já vos expliquei lá no meu blogue que disse aldeola por dizer, que não vos queria fazer mal nenhum. Que é que interessa assim tanto se Minde é uma aldeia ou uma vila, não são quase coisas do mesmo tamanho? É preciso ficardes chateados com coisa tão pequena ou estais com complexos porque Minde é coisa pequena que ainda nem chegou a cidade.
Eu até disse que achei interessante, muito interessante, essa coisa do Minderico, que é que vós quereis mais?
Faço-vos publicidade e ainda vos queixais?! Só por causa de um pequeno erro que aconteceu, e que não tem assim tanta importância?! Não achais que estais a ser demasiado mesquinhos?
Quase perdi a vontade que tinha de passar em Minde!

Carlos Amoroso disse...

Só queria dizer que não concordo bem com o que se diz dos Mindericos. Eu não sou Minderico (com muita pena minha) mas considero-me como tal até porque passo grande parte do meu tempo disponível em Minde e na parte que me toca sou bem aceite pelo Mindericos. Gosto muito de Minde e dos Mindericos e o meu lema é " TUDO POR MINDE NADA CONTRA MINDE ". Não posso ouvir falar mal de Minde nem dos Mindericos. Penso que muito se diz e escreve sobre Minde, por vezes por pessoas que não conhecem a sua realidade.
Carlos Amoroso

Anónimo disse...

ao anonimo de 27 de janeiro quando falo em escola falo na EB 2,3 e não na primaria.
os casos que conheço estiveram em minde e disseram me isso mesmo gente fechada e adversa aos forasteiros.
No tocante ao ficar em Minde ou no covão numa EB 2 3 não poderia ficar no Covão como é obvio mas noutros casos não sei não....
bem haja e o senhor tambem passe bem se puder porque eu aqui em cima passo bem sim senhor.

El che disse...

Jasus...
Cum caraças!
Ó Sr. LFV, ao menos disfarce o seu sentimento anti-Minde. É que assim, para mais vivendo tão perto de nós, nunca terá paz de espírito...

Como já vi que é um homem dinâmico, cheio de ideias e ligado à política (reparei que foi candidato nestas eleições), estou certo que rapidamente chegará à solução para este problema que tanto o apoquenta e atormenta: ter de viver tão perto e por vezes até conviver com os chatos e malfadados dos mindericos...

Vou-lhe poupar horas e horas de reflexão e adianto-lhe já a única solução para o seu problema. Pelo menos, a única que está nas suas mãos…

Essa única coisa que tem a fazer é... mudar-se!
Mude-se, homem! Para bem longe, de preferência. Assim, certamente ganhará paz de espírito.

Acredite que contará com todo o nosso apoio e solidariedade, não obstante a tristeza que vamos ter com a partida de tão ilustre personagem.
Até um dia!

Anónimo disse...

Este LFV não se enxerga!

Anónimo disse...

sr. El Che,
Nunca me ouviu dizer que queria mudar-me, sou do covão, vivo no covão e não vejo nenhum motivo para rumar a outras paragens.
o facto é que o pessoal do Covão na sua generalidade não priva muito com os mindericos nem os mindericos na sua generalidade morrem de amores pelos covanitos é um facto irrefutavel.
só vimos algum interesse no covão na altura das eleições que depois desvanece com o tempo. Esta constatação foi transmitida por mim a um candidato a junta de freguesia de minde na campanha eleitoral.
Viver em sociedade obriga-nos a cedencias de parte a parte e o problema falado em vez de escondido PARA TODOS JUNTOS conseguirmos ter uma freguesia forte numa altura de crise e de falta de empregos onde se ninguem fizer nada teremos uma fuga da mão de obra(que já começou) para outras freguesias e concelhos com oportunidades de melhores rendimentos e outra perspectiva de vida.
pense nisto e não veja neste levantamento do problema um anti Minde mas sim uma ajuda á solução.
LFV

Anónimo disse...

Ahh caraças!!
Então afinal o amigo com as suas palavras estava era a alertar para a necessidade de resolver a crise e a falta de empregos na região.
Nem sei como é que me escapou!!

Anónimo disse...

é de facto este senhor/a bastante limitado no juizo da minha analise mas eu explico-lhe:
tem de haver sinergias entre TODOS e não podemos cingir-nos ao que se passa na nossa casa. olhe para a realidade de Minde hoje quase toda a industria desapareceu as ruas já não têm o fervor de anos transactos, não há uma unica empresa estabelecida na nova zona industrial, quer mais?
há que fazer algo pensar numa solução e todos nesta freguesia podem trazer algo positivo seja ele de minde ou do resto da freguesia e não cair no derotismo latente e bairrismo.jà pensou isto? aposto que nunca.........
LFV

El che disse...

Pois, isso é tudo muito bonito e eloquente. É daqueles bitaites hoje em dia comuns a toda a gente, com aquilo que se deve ou que devia ser feito para resolver esta ou aquela questão.
Vale o que vale (para mim, sempre pouco ou nada...), mas ninguém discorda e fica sempre bem em qualquer lugar...

Mas, continuo sem ver o que é que essa prosa tão linda tem a ver com o seu 1.º comentário... Ou o que é que aquele seu 1.º comentário teria a ver com o post...
Nada, não é...?


Deixe lá, horas de burro temo-las todos. Uns mais que outros, é certo. Mas fica sempre bem reconhecê-lo quando as temos.

Anónimo disse...

enquanto pensarmos que por o problema em cima da mesa é hora de burro faz de nós ainda mais burros nessa dita hora não é sr. che?
eu cá por cima lá me vou aguentando e se voce começar a ver que não tem ninguem em minde convido o a subir até ao covão onde continuamos com a mesma gente e as mesmas rotinas passe bem.

Anónimo disse...

Este LFV quer fazer-nos passar por parvos. Alguém sabe quem é e o que faz na vida este sr?
Primeiro, manda bitaites sobre preferências de professores, depois fala dos amores dos covanitos por Minde e finalmente deambula umas coisas sobre as sinergias e os bairrismos latentes da freguesia.
Valha-nos Sta Ingrácia!

Anónimo disse...

valha nos deus é o estado de morte lenta que vamos enfrentar e pior do que não vé é o que não quer ver.

luis filipe vieira disse...

Este bla.. bla.. bla ...... não passa de uma discussão de taberna sem solução !!
Em vez de arranjarem soluções para o parque industrial de Minde que não passa de um espaço para passar umas horas ao fim da noite..... ou para umas reuniões entre vários amigos.....
Tudo porque os medricos com o REI na BARRIGA preferiram esse espaço que o espaço que tinham no covão com miragem para o auto estrada que dava publicidade gratuita a todas as empresas ,com acessos principais futuros ao auto estrada e com espaço para crescimento futuro e com possibilidade, durante alguns anos estarmos com uma zona industrial competitiva e com isso enriquecer a freguesia com milhares de empregos .
Com esta teimosia entre outras a freguesia gastou os fundos que pertenciam ao covão e com isso os covanitos deixaram de ter direito alguns bens que fazem falta a toda a população como por ex: " Multibanco, as casas de banho publicas, entre outras...." isto sim deve ser discutido e tentarem arranjar soluções futuras .
Pensem e discutam entre vós e deixem de ser os REIS da FREGUESIA!