26 março, 2009
Rosal Silvestre de Francisco Madeira Martins
Com a sala de conferências da Biblioteca Municipal de Alcanena completamente lotada, no passado sábado o escritor e poeta minderico Francisco Madeira Martins procedeu à apresentação e lançamento de mais um livro sobre poesia - Rosal Silvestre.
Francisco Madeira Martins
Nasceu em Minde a 7 de Janeiro de 1925, sendo o oitavo filho de João Martins e Palmira Madeira.
As limitações económicas duma família tão numerosa não lhe permitiram, depois de completar o ensino primário, ir mais além nos estudos pois teve de alinhar com os demais irmãos nos trabalhos da lavoura da pequena casa agrícola de seus pais.
Assim, sem outros horizontes culturais, decorreu o resto da sua infância, adolescência e juventude até 1943, ano em que aproveitou a presença em Minde, de um professor apto a dar-lhe explicações do ensino secundário as quais começou a receber em Janeiro desse mesmo ano. Com elas e com o seu esforço de autodidacta conseguiu, num semestre escolar, fazer o primeiro ciclo dos liceus, antigo 3º ano.
Embalado com esse sucesso dispôs-se a ir um passo mais adiante e, depois de breves passagens por escolas de Benavente, Santarém e Leiria, completou em 1945 o curso geral dos liceus, antigo 6º ano.
A partir daí, obedecendo à sua sensibilidade e inspiração, a sua actividade literária, tanto em prosa como em poesia não se deteve mais, com assídua colaboração em semanários como o Correio do Ribatejo, Mensageiro, Almonda e na revista Magnificar de Braga, sem contar com a sua presença constante no Jornal de Minde desde que este apareceu à luz em 1955.
Participou em dezenas de jogos florais em que sempre conseguiu honrosas distinções.
Publicou Aguarelas Mindericas em 1976. Tem colectâneas inéditas de poesia: Sonetos, Adiafa, Fruta do Tempo e Seara Mista. Em prosa tem Pedras, Poesia e Saudade (Contos e Crónicas).
Fez a sua vida profissional nos CTT, durante 36 anos, muitos deles como chefe de estação e supervisor. Aposentou-se em 1985. A partir daí dedicou-se a arrumar os seus escritos e, obviamente a escrever mais e mais.
O Rosal Silvestre que aí está, só saíu da gaveta para a aventura da publicação, devido ao encorajamento que, por muita amizade, seu irmão Abílio lhe deu.
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