02 maio, 2007
ZIM - Descubra as Diferenças
Bem... neste caso, apesar de a foto ser a mesma, as diferenças são enormes!
Na 2ª foto, de acordo com os grandes cartazes espalhados pela povoação, Minde irá ficar muito maior. Trata-se de uma implantação fotográfica do anunciado plano da Zona Industrial de Minde.
No "boneco" até parece um bairro residencial organizadinho que não fica muito a destuar, mas a imagem é enganadora e prevejo mais uma grande "borrada" (daquelas sem emenda) que se preparam para fazer em Minde.
A verdade é que aquilo não são lotes para vivendinhas (conforme colocaram nos desenhos), mas sim 60 lotes industriais com aprox. 1000 m2 cada e onde se pode construir "oficialmente" 500 m2. Mas, depois...
Vai ser um monte de lotes com pavilhões, barracões, anexos, alpendres e ferro-velho nas traseiras, que muito irá alterar, pela negativa, o impacto visual da vila. E esta é a nossa melhor vista.
Minde precisa de 60 lotes industriais com 1000 m2 ?
É claro que não! Este é um projecto completamente desfasado do tempo e da realidade minderica. O próprio nome é desactualizado. Minde, não precisa de uma Zona Industrial para 60 fábricas de malhas, mas sim de uma Zona de Servíços e Pequenas Indústrias.
Não discordo que esta localização seja utilizada para uma ampliação de Minde, mas entendo que devemos pensar bem aquilo que queremos e aquilo que precisamos.
Acho que os nossos netos não irão apreciar muito que tenhamos colocado naquele local os "arrumos" de Minde, e é a isso que nos conduz este projecto.
Nós não precisámos de um projecto, condenado à nascença, só para inglês ver, e que se irá resumir a criar condições para se construirem meia-dúzia de barracões, na zona nobre da área. Depois, nunca mais se faz nada, porque não existe qualidade e ainda sobrarão lotes por vender.
Uns compram um lote, outros constroem em dois, mais assim e assado, está instalada a bagunça, e, como digo, está estragada a zona nobre da área e comprometido qualquer futuro.
Este será um projecto que só irá "desenrascar" e servir os interesses de alguns.
Não é isso que Minde precisa, nem é esse o "crime" que queremos cometer com aquela área.
Basta olhar na foto para o impacto da fábrica existente, multiplicar por meia-dúzia e já dá uma idéia.
Minde precisa é de um Parque de Serviços e Pequenas Indústrias.
Uma área, devidamente estruturada e sectorizada, com espaços amplos, muito menos lotes, e especialmente com uma diversidade de oferta de espaços muito maior.
Uma área integrada que seja uma expansão de Minde (e não um armazém) cujo impacto visual não descaracterize a Vila, mas que a valorize.
Uma área que seja pensada "num todo", com acessos fáceis, com objectivos e sectores bem definidos.
Uma área polivalente que possa albergar um supermercado, stands diversos de vendas, oficinas, gasolineira, restaurante e área de diversão, armazéns, indústrias diversas, etc., etc..
Só um parque organizado e com um diversidade grande de espaços, com imposição de normas e valorização do visual, poderá atrair investidores e contribuir para o desenvolvimento de Minde.
Nada impede que o mesmo não possa vir a ser realizado por fases. Mas exige-se que o mesmo seja projectado e planificado num futuro contextual e integrante. É isto que Minde, e terras como Minde, precisam. Basta dar umas voltas pela Europa e copiar alguma coisa.
A tal Zona Industrial dos barracões não precisamos dela aqui.
Existem outros locais mais adequados. Infelizmente, tenho a convicção que é a isso que este projecto da CMA nos conduz. Com a agravante de a 1ª Fase de Execução (e penso que única), que se implanta logo na área nobre e que deveria servir como plataforma de entrada e com lotes amplos para outro tipo de serviços, poder vir a comprometer qualquer projecto válido, ao ser logo retalhada em pequenos lotes para meia dúzia de pavilhões e armazéns. É um erro grosso.
Esta será uma situação que irá comprometer todo um possível futuro da retaguarda daquela área, e um grande atropelo em termos urbanísticos, cuja emenda é quase irreversível.
Este é um projecto, ultrapassado, sem qualquer visionamento de futuro, e com um impacto visual que o PNSAC nem deveria permitir.
Costumo ser apologista de que vale mais fazer mal feito, do que não fazer nada. Mas há casos em que vale mais ficar quieto. E no caso desta ZIM, votaria para pensarmos melhor no que estamos a consentir que se faça de Minde.
Por mim, vale mais estarem quietinhos do que fazerem asneira da grossa e gastarem o pouco dinheiro que tanta falta fará para o Museu do Curtume.
As Terras e Povoações são aquilo que fizerem delas, e estamos a dar um passo fora de qualquer contexto de desenvolvimento e progresso, muito decisivo, e de impacto muito negativo.
Esta ZIM é NADA !!! Precisamos de algo diferente !!!
Algo que contribua para o desenvolvimento de Minde e do Concelho.
Algo com cheiro a Europa. Deixemo-nos de Tretas e Medíocrices !!!
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4 comentários:
Se os pavilhoes industriais que forem lá construidos forem projectados pelos arquitectos Souto Moura,Byrne,Carrilho da Graça,Siza Vieira,Pedro Micaelo e outros do mesmo gabarito,ficará uma ZIM modelo que toda a Europa virá copiar.
E concordo que metade dos lotes seja para relvar.Um local onde os trabalhadores possam dormir a sesta depois da "buxa".
E os telhdos de todas as fabricas deviam ser obrigatoriamente de cor vermelha.Devem ser proibidos os tais alpendres que tanto afligem o Micas,a não ser que sejam primeiro vistoriados pelo próprio Micas.Quem vive em Minde precisa de empregos.Minde não pode existir só para o Micas vir passar os fins de semana ao estaminé.
A hipocrisia a cobardia e a maldizênçia no seu melhor, como é apanágio do MINDRICO.Não vale a pena perder tempo com gentalha dessa estirpe.
Caro Anónimo,
Obrigado por me incluir numa lista de tão distintos personagens, mas não precisava de tanto.
Quanto ao resto só posso dizer:
Valha-nos Deus perante tanta ignorância.
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