Sépsis Meningocócica

O bebé de 11 meses que morreu, no passado domingo, no Hospital de Torres Novas, foi atingido por uma sépsis meningocócica, provavelmente causada por uma estirpe de bactéria não coberta pelas actuais vacinas, uma vez que a criança tinha em dia o Plano Nacional de Vacinação.

Os médicos ainda não dispõem dos resultados completos das análises bacteriológicas, mas tudo aponta para que a bactéria seja do tipo B; aquela que não está coberta pelas vacinas existentes no País.

A criança deu entrada na urgência ao meio-dia de domingo, em choque séptico, já com diversos órgãos em falência. O director da Pediatria do Hospital, Aníbal Sousa, disse ao DN que se trata de "uma infecção extremamente contagiosa e galopante". Por isso já não foi possível salvar o bebé.

A criança esteve com febre durante a noite e, de madrugada, os pais administraram-lhe um supositório, mas o estado agravou-se. Como a doença que tinha atingido é de progressão muito rápida, quando se aperceberam de que não era uma febre comum já não foram a tempo de o salvar.

Devido à perigosidade de contágio, logo no domingo, as pessoas mais próximas do bebé foram submetidas a tratamento profiláctico ainda no hospital. Depois, os serviços de Saúde Pública foram também ao infantário da criança e medicaram toda a comunidade escolar, de modo a prevenir algum contágio.

Segundo o mesmo médico, não se registaram, até agora, quaisquer outros casos. Logo no domingo, pensou-se que se tratava de uma meningite, mas a situação foi ainda mais grave. O médico afirma que "é mais fácil conseguirem tratar casos desse tipo do que uma infecção generalizada" como foi o caso.

J. R. in Diário de Notícias »»»