Uma nova descarga poluente no Rio Alviela ocorreu nas últimas horas na zona de Vaqueiros, Santarém, denunciou esta quinta-feira o presidente da Junta de Freguesia, Firmino Oliveira, que disse ter encontrado peixes mortos, água preta e espuma.
Firmino Oliveira descreveu à TSF o que encontrou no local: «O peixe está à tona da água, moribundo, o rio completamente preto, espuma, o costume quando há descargas». A Junta de Freguesia já comunicou o caso ao Serviço de Protecção da Natureza (SEPNA) da GNR que, segundo Firmino Oliveira, será «mais um auto de notícia, que só repete».
O autarca, que é também presidente da Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela, lamenta que o Executivo «sacuda a água do capote», referindo uma resposta do Ministério do Ambiente a um requerimento do Partido Ecologista "Os Verdes" sobre uma descarga poluente em Fevereiro, que «diz que o Governo não tem prevista mais nenhuma intervenção».
Em 2006, para resolver os problemas ambientais do Rio, foi criada uma comissão mista das Câmaras de Alcanena e Santarém que promoveu uma petição que foi entregue no Parlamento, para sensibilizar o Governo para a necessidade de investimento na zona, de modo a inverter a degradação ambiental do Alviela.
Em Fevereiro, os empresários do sector dos curtumes de Alcanena manifestaram a intenção de investir na correcção de problemas técnicos da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Concelho.
Nos últimos anos, a ETAR tem sido alvo de várias acusações de ambientalistas e autarcas da região que a acusam de fazer descargas de efluentes por tratar para o rio, contaminando as freguesias a jusante de Alcanena.
1 comentário:
Em vez de investirem num inútil museu do curtume, deviam era investir para resolver os problemas que esta indústria tem causado ao concelho.
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