08 julho, 2009

O Eterno Crime do Alviela




A poluição voltou a matar no rio Alviela. A meio da semana passada surgiram centenas de peixes mortos, entre barbos, carpas, bordalos, e também algumas enguias. O alerta foi mais uma vez dado na zona de Vaqueiros, concelho de Santarém, e as suspeitas sobre a origem da mortandade recaem novamente sobre o concelho de Alcanena. As chuvadas que se verificaram no fim-de-semana anterior podem ter originado o arrastamento ou derramamento de produtos tóxicos para o rio.

Essa é uma das possibilidades apontadas pelo presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros, Firmino Oliveira, que está cansado de denunciar situações semelhantes ano após ano. “Gostava que fosse a última mortandade no rio e que as obras no sistema de Alcanena não demorassem uma eternidade, como é costume”, afirma o autarca,

Firmino Oliveira espera que o protocolo envolvendo quatro entidades e que prevê a realização de várias intervenções complementares no sistema de tratamento de esgotos de Alcanena mude efectivamente a face ao rio. O investimento estimado é de 21,2 milhões de euros e engloba: a construção de uma unidade de tratamento de resíduos industriais (raspas verdes); a melhoria do sistema de tratamento da ETAR de Alcanena; remodelação da rede de colectores de águas residuais; reabilitação da zona de lamas não estabilizadas; e defesa contra cheias da ETAR de Alcanena.

A defesa do Alviela é uma velha luta do autarca que teve como precioso aliado o actual presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores (PSD), que inclusivamente criou o Festival do Alviela para dar visibilidade à causa. Uma iniciativa que teve duas edições e que parece ter ficado pelo caminho. O autarca de Vaqueiros lamenta, considerando que esse festival de música e de sensibilização ambiental continua a fazer sentido mesmo com a resolução dos problemas bem encaminhada.

A mais recente morte de peixes no Alviela levou o deputado do Partidos ecologistas “Os Verdes” Francisco Madeira Lopes a questionar o Governo sobre qual foi a actuação da Administração da Região Hidrográfica do Tejo a fim de recolher amostras, fazer análises, apurar as causas da situação e tentar encontrar os responsáveis. Pergunta ainda que explicações foram ou serão dadas às populações e autarcas ribeirinhos em relação a essa mortandade e que medidas foram tomadas para limpar o rio do peixe morto
Publicano no "O MIRANTE"


COMENTÁRIO:
Todos os meses há notícias deste género de acidentes, catástofres, sobreo Alviela. Nunca ouvi denunciar concretamente quem infringe e quem polui o Alviela. Não há uma origrm? É só a ETAR? Não há culpados?


2 comentários:

Anónimo disse...

Sexta-feira, 10 de Julho de 2009
Ainda o Largo das Eiras
Olá a todos,

Esta questão do Largo das Eiras ainda vai dar pano para mangas. Parece evidente que:

- a maioria da população não sabe a mínima do que se anda a passar;

- a maioria que sabe e que anda informada é contra aquela obra, principalmente nos moldes em que se pretende avançar com isso, com total desconhecimento do assunto por parte da população e uma recusa sistemática em serem prestadas informações pela Junta e Câmara;

- membros da Assembleia de Freguesia e da Assembleia Municipal, inclusivamente que apoiaram os ICA’s há 4 anos, são contra isto;

- as listas candidatas à Junta de Freguesia, com excepção da dos ICA’s, são contra isto;

- as listas candidatas à Câmara, com excepção da dos ICA’s, são contra e defendem que deve ouvir a população e, de qualquer maneira, esperar-se por um novo mandato para se decidir alguma coisa.

Além disso, faltam perto de 3 meses para terminar o mandato dos ICA’s. Esperamos que não venham agora com um golpe de teatro de avançar, às escondidas, com estas obras e projectos, criando uma situação consumada, deixando de mãos atadas o próximo executivo municipal (que até podem ser eles ICA’s).

Se isso acontecer, será extremamente desonesto intelectualmente e politicamente do mais rasca que há.

E, os mindericos que apoiarem essa jogada, incluindo-se aqui as colectividades, deverão ter vergonha na cara. Se querem isto, ao menos façam-no da maneira correcta, às claras e com respeito pela democracia e pela população de Minde.

É um princípio geral na vida das entidades colectivas e principalmente nas entidades públicas, que no final dos mandatos as decisões mais importantes ou polémicas não são tomadas nessa altura, sendo deixadas para os decisores e para os mandatos seguintes.

Há inclusivamente leis que regulam esse aspecto, sendo um princípio geral.

Por exemplo, foi isso que o governo PS fez agora com as grandes obras públicas, o Aeroporto e o TGV. Sabendo que a oposição está contra e que dentro de 3 meses há novas eleições, onde poderão renovar a legitimidade, decidiram – e bem – deixar essa decisão para o governo que estiver em funções a seguir a Setembro.

O mesmo deverá fazer este executivo municipal. Isso é um imperativo ético e um mínimo de respeito que deverão ter por Minde, pelas oposições, pela população e por eles próprios.

Espero que o contrário não aconteça, obrigando, quiçá, o executivo municipal que entrar em funções a ter que revogar decisões tomadas por este.

Espero também que os candidatos à Câmara tomem uma posição definida sobre este assunto:

- se estão a favor, mesmo não sabendo o que está em jogo;

- ou estão contra, preferindo ouvir a população, outras alternativas e, no mínimo, conhecer o que está em cima da mesa.
Posted by pensar minde

Anónimo disse...

A melhor solução é acabar com o rio alviela. Fechá-lo. Aterrá-lo.