17 dezembro, 2008

Fátima, e a Junta de Freguesia


Há um século atrás, quando o artigo, abaixo, publicado no "O Portomozense", relatando a visita do Cardeal D. José II a Minde, com a recepção de mais de 3 mil pessoas, a Cova da Iria era apenas um sítio.
Na altura, a Cova da Iria seria um local ermo de rudes pastagens, e a Fátima uma pequena e pobre aldeia do concelho de Ourém.


Em menos de um século o fenómeno religioso fez a diferença e acelerou o processo que levou a Cova da Iria, com a designação de Fátima, ao estatuto de cidade. E uma cidade em continuado crescimento.

Estudei em Fátima na década de 70.
Depois do La Salle em Abrantes, passou a ser "moda" o Colégio S. Miguel, e a "nata" de Minde da época, passou toda por lá.
Já se advinhava o "bumm" que ía ser Fátima, mas Minde era uma referência na zona, até com uma certa conotação de riqueza e pujança. Viviam-se os tempos áureos em que a indústria de Minde empregava uns milhares de trabalhadores. Já lá vai... Uns sobem, outros descem.



E tudo isto para falar de Juntas de Freguesia.
Hoje, a Freguesia de Fátima tem 10 mil pessoas, e a Freguesia de Minde terá, talvez, um terço. Diferença essa que não justifica tão grande desigualdade nos processos como são conduzidas as suas gestões.
Basta consultarmos o site da Junta de Freguesia de Fátima para sentirmos a diferença. Há informação, há notícias, há projectos, e acima de tudo, dinâmica.

Em Minde vamos dizendo que as Juntas têm sempre pouco dinheiro e os objectivos não passam de uma mera gestão corrente e rotineira, tirando e pondo algum sinal ou outro.
Será só esse o papel actual das Juntas de Freguesia? Penso que não.
É necessário mais imaginação e dinamismo. Agora que se avistam eleições, é uma boa altura para os pseudo-candidatos reflectirem sobre o assunto.

Sem projectos, nunca haverá esperança, nunca haverá obra. Aqui ficam alguns projectos da Junta de Freguesia de Fátima:


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