10 maio, 2008

Adeus, Primo Abilio

Súbitamente, e quase sem ter tempo de se despedir, o Sr. Abilio Almeida Martins, deixou-nos. O funeral foi ontem.
Ainda na passada edição de Janeiro, O Jornal de Minde publicou uma interessante entrevista ao Sr. Abílio, aquando da comemoração dos seus 70 anos de casamento. Como homenagem a uma pessoa de quem gostava, aqui fica um excerto do artigo, com as m/ condulências à familia.



"Não é vulgar um casal ter oportunidade de celebrar os seus 70 anos de casamento.
Mas aconteceu entre nós no passado dia 18 de Dezembro.
Os noivos de há 70 anos foram o Sr. Abílio Almeida Martins e sua esposa D. Maria Olímpia Almeida Ferreira, que casaram a 18/12/1937.

Abílio Almeida Martins nasceu a 9 de Fevereiro de 1914, frequentou a escola primária até à 3ª classe, ajudou a mãe que ficou viúva muito cedo e depressa se lançou na vida dos negócios. Vendeu mantas, comprou camisolas em Lisboa a 12 escudos que vendeu no Cadaval por 50, fabricou açoreanas, deu início à empresa Abalmar, investiu no ramo têxtil em Angola, depois esteve ligado a uma empresa de construção, e, em 2003, ainda sonhava com uma pousada na pena do Raio, segundo se informa em Passeios Mindericos - nosso número 548, de Agosto 2003.
E, no meio de tudo isto, ainda sofreu um grave acidente nas Moitas, em 1940, do qual veio a ficar com 65% de deficiência.

Mas talvez o mais singular da sua vida é que escreveu a carta a pedir namoro a D. Maria Olímpia quando tinha apenas 9 anos – digamos que dois meses antes de fazer os dez.
A Maria Olímpia, nascida a 4 de Novembro de 1915, só lhe deu a resposta treze anos mais tarde, mas provou-lhe que guardara a carta durante todos esses anos, mesmo tendo deitado fora outras que lhe foram dirigidas a fazer a mesma proposta."
(...)

A. Nogueira na edição de Janeiro 2008 do "Jornal de Minde"

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