É apanhado, o juíz dá-lhe uma reprimenda, entrega-o à família, dá umas entrevistas, e no dia seguinte volta de novo ao gamanço. Tem 14 anos e mais de cem carros no rol. E se atropelar alguém?
Que grande sistema judicial o nosso !!!
"Desde pequeno que gosto de carros. Agora quero fazer um curso de mecânica para mudar de vida", disse ontem o adolescente ao CM.
Nelson Simão, agora com 14 anos (e não 15 como ontem noticiámos), tem 1,85 m, uma longa história de vida, mas não deixa de ser um adolescente. Revela-se tímido e pouco falador.
As autoridades policiais atribuem-lhe a autoria do furto de uma centena de viaturas, em dois anos. Os últimos 14 ocorreram o mês passado, após ter saído do Centro Educativo dos Olivais, em Coimbra, onde esteve dois anos por determinação do tribunal.
O menor prefere não falar sobre isso. "Quero esquecer", justifica.
Mas quando o tema muda para os carros, os olhos negros e rasgados iluminam-se quase por magia.
Os familiares garantem que nunca o ensinaram a mexer em automóveis, muito menos em motores. Todavia, basta-lhe uma colher de sopa para abrir e pôr a trabalhar um Fiat Uno ou um Honda Civic, os seus dois modelos e marcas preferidos.
Se as viaturas avariam, chega a repará-las para prosseguir a marcha. Por norma, furta para se deslocar entre Alhandra, Alcanena e Porto de Mós, onde vivem familiares. Mas também se apodera das viaturas para alimentar o vício de "fazer peões e acelerar em rectas".
Não sabe ler nem escrever e nunca gostou da escola. "Não tenho paciência para os ‘stôres’ nem os compreendo", diz. Ontem, estava com a avó, em Porto de Mós. E preparava-se para ir para casa da mãe, em Alcanena, "de camioneta". Rosa Simão, a mãe, assegura que está de olho nele, mas afirma-se incapaz de o convencer a mudar sem a ajuda das instituições.
A mãe do menor, Rosa Simão, assegura que ele "tem bom coração". Furta os carros por vício, mas "não os estraga nem rouba nada de valor que lá esteja dentro".
Notícia e Comentários no "Correio da Manhã"
Nelson Simão, agora com 14 anos (e não 15 como ontem noticiámos), tem 1,85 m, uma longa história de vida, mas não deixa de ser um adolescente. Revela-se tímido e pouco falador.
As autoridades policiais atribuem-lhe a autoria do furto de uma centena de viaturas, em dois anos. Os últimos 14 ocorreram o mês passado, após ter saído do Centro Educativo dos Olivais, em Coimbra, onde esteve dois anos por determinação do tribunal.
O menor prefere não falar sobre isso. "Quero esquecer", justifica.
Mas quando o tema muda para os carros, os olhos negros e rasgados iluminam-se quase por magia.
Os familiares garantem que nunca o ensinaram a mexer em automóveis, muito menos em motores. Todavia, basta-lhe uma colher de sopa para abrir e pôr a trabalhar um Fiat Uno ou um Honda Civic, os seus dois modelos e marcas preferidos.
Se as viaturas avariam, chega a repará-las para prosseguir a marcha. Por norma, furta para se deslocar entre Alhandra, Alcanena e Porto de Mós, onde vivem familiares. Mas também se apodera das viaturas para alimentar o vício de "fazer peões e acelerar em rectas".
Não sabe ler nem escrever e nunca gostou da escola. "Não tenho paciência para os ‘stôres’ nem os compreendo", diz. Ontem, estava com a avó, em Porto de Mós. E preparava-se para ir para casa da mãe, em Alcanena, "de camioneta". Rosa Simão, a mãe, assegura que está de olho nele, mas afirma-se incapaz de o convencer a mudar sem a ajuda das instituições.
A mãe do menor, Rosa Simão, assegura que ele "tem bom coração". Furta os carros por vício, mas "não os estraga nem rouba nada de valor que lá esteja dentro".
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