07 dezembro, 2006
Amigos da Pagaia em Minde
Desta vez a típica discussão prévia a cada saída feita no fórum não era sobre o sitio, quem ia ou não, se era ida e volta, os km, não…era sobre algo estranho…se havia ou não àgua…isso mesmo…íamos fazer uma saída de canoagem e estava-se a discutir se haveria água ou não para pagaiar…esta era nova…
Bom depois de um impasse entre vai ou não vai, espera-se por mais água ou não, uma voz decisória de “eu vou” arrastou mais uns quantos e na sexta-feira lá embicamos as pontas dos kayaks para Minde.
Contava-mos com a ajuda de 2 canoistas locais, o José Manuel Micaelo e o Rui Gonçalves, que iam fazer de cicerones e guiar-nos pela “mata de Minde” em busca das suas maravilhas.
Ao chegar um cenário idílico, era realmente uma “mata” com água…árvores, caminhos, recantos escondidos, tudo acessível com o kayak…maravilha.
Esta passeata era atípica até na distância, que não se adivinhava ser muita, sendo o principal atractivo o poder pagaiar pelo meio da vegetação e das árvores meio submersas.
Assim, os preparos foram decorrendo sem pressas, e o arranque foi lá pelas 11 horas.
Os primeiros metros foram de grande entusiasmo, um embate com uma paisagem que pedia uns momentos de contemplação, uma encosta muito escarpada com cores próprias que acabava numa lagoa apinhada de árvores e vegetação…
Uma grande animação enquanto se dava as primeiras voltinhas, fazendo os primeiros de muitos slalons entre a vegetação.
Aos poucos o grupo lá se foi reunindo para continuar o passeio guiados pelos nossos cicerones. Embora fossemos todos no mesmo sentido dava para cada um escolher a sua rota, cortando por entre a vegetação à esquerda ou à direita, embora com algum cuidado pois muita desta vegetação é composta por “espinheiras” e os espinhos não eram brincadeira.
O passeio foi decorrendo animado entre conversas e paragens para dar tempo aos olhos de absorverem a paisagem envolvente.
Chegando a uma das pontas da lagoa devido as voltas e voltas pela vegetação que ali era mais abundante, o grupo dividiu-se em 2, ficando um grupo com o José Micaelo e outro com o Rui Gonçalves, mas todos sabiam que o objectivo era ir até à nascente.
Passou-se por caminhos, que de verão são feitos de BTT, por cima de vedações, por cima de poços, enfim, um cenário poucas vezes disponível para pagaiar.
Voltas e mais voltas, zig zags quanto bastem é lá se deu com o rio. Os que puderam toca de subir para o foto finish afinal só quando há pedras a barrar o caminho e que um AP volta para trás (isto enquanto não puserem o kit de lagartas nos kayaks).
Dada a volta, quer dizer, deixando ir a embarcação de marcha ré corrente a baixo já um grupo de preparava para voltar quando chegou o outro. Foi feito um compasso de espera para quem quisesse ir com o kayak mesmo a boca da nascente. Nesse compasso aproveitou-se para se saio dos kayaks e esticar as pernas.
Com o grupo novamente todo junto, lá se foi dando mais umas voltas (sim porque por ali caminhos a direito não têm piada nenhuma) que nos foram encaminhando para a chegada, mas mesmo assim ainda houve no percurso para fazer uma das passagens mais bonitas (ok tirando algumas silvas que por lá havia).
O José Micaelo seguia à frente, o barco de fibra maior e mais largo com o gajo mais pesado seguia a trás, o resto de grupo ficava a espera de noticias, afinal passa-se ou não….resposta…se eu passo todos passam…toca a andar…e cuidado com as silvas…que a água é pouca…
Depois com o caminho mais livre foi uma galhofa pegada até chegarmos à rampa de onde saímos.
Bom chegamos, agora o que há a fazer já não é novidade…arrumar tudo que ainda tínhamos planos para o resto da tarde.
Despedimo-nos e agradecemos aos nossos cicerones, depois rumo ao Paul do Boquilobo.
Até um certo sítio alguém sabia o caminho, dai para a frente…pois…alguma fé, algum GPS à mistura, um ou outro engano, estradas com troços alagados, outras cortadas (não sabemos bem porque, afinal toda a caravana conseguiu passar, ainda bem que não ligamos peva ao corte da estrada e passamos pelo lado…), sempre com o jipe a abrir caminho o que aumentava o grau de confiança, se fosse preciso havia socorro por perto.
Insistindo pelas estradas alagadas lá chegamos ao nosso destino, depois de uma curva o edifício do INCN, mais a frente uma carrinha e uma mota, raios guardas…
Eleito um representante a força, lá foi dar meia dúzia de dedos de conversa para ver em que paravam as modas…o passeio terminava antes de começar..a ver vamos…
O resto do pessoal não aguentando mais a fome que as horas já eram de lanche, e o cheiro do frango assado que traziam no carro tratou de abancar e de abrir as hostilidades ao frango.
Resultado da conversa, andar até podíamos que eles iam-se embora, mas que não valia a pena, lá isso não valia. Ficamos a saber que infelizmente aquilo não passava de um embuste, não havia por ali nada para se ver (a não ser uns pombos de vez em quando) nada de lontras, nade de aves, enfim, íamos remar apenas pela vegetação…bolas isso acabamos nós de fazer, ainda por cima a horas iam passando e como infelizmente nesta época às 17 h já é noite…foi consensual, vamos mas é para casa.
Despedimo-nos uns dos outros e pusemo-nos a caminho, mais um dia se tinha passado a fazer uma das actividades que mais gostávamos.
AC (António Carlos) in Amigos da Pagaia
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2 comentários:
E este fim de semana é em Trizio (albufeira do Zezere) o almoço de Natal
Hum,hum !!!
Tou a ver que vocês têm aí uma verdadeira sociedade "tototrilha".
(Trilha em calão minderico é comida)
Um abraço e bom almoço de Natal.
PM
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