24 outubro, 2007

Moda das Peles em Alta

A crise está por todo o lado, dizem uns. A indústria das malhas e dos curtumes está arrumada, dizem outros. O concelho não tem qualquer futuro, acrescentam ainda mais alguns.
Bem, é mais ou menos isso, mas depois aparecem notícias que reflectem que não é bem assim.
A qualidade é que marca a diferença, como é o caso desta notícia sobre uma indústria dos Amiais de Baixo, publicada no Primeiro de Janeiro.

Moda das Peles em Alta
É numa fábrica com sede no concelho de Santarém que as grandes marcas de moda internacional se abastecem das peles que integram as suas colecções, que tanto agradam aos amantes deste género de roupa.

António Cruz Costa, proprietário da Inducol, Indústria de Peletaria Cruz Costa, não esconde o cuidado que põe na apresentação e na qualidade das peles das colecções que a empresa apresenta anualmente em Setembro/Outubro nos mercados internacionais.
Marcas como Louis Vuitton, Gucci, Dolce & Gabana, Prada, ou seja, “todas as que gastam peles”, são clientes da Inducol, empresa com sede em Amiais de Cima, concelho de Santarém, paredes meias com Alcanena, onde se concentra a indústria de curtumes e onde detém outra unidade, a Indutan.

Trabalhamos para o mercado da diferenciação”, disse António Costa, sublinhando que a empresa, criada em 1978, exporta desde 1984 para Itália, mercado que absorve 57 por cento das vendas. Com um total de cerca de 300 trabalhadores e um volume de facturação anual da ordem dos 22 milhões de euros, nas duas empresas, a Inducol (que produz peles com pêlo para vestuário) exporta mais de 90 por cento da sua produção e a Indutan (peles sem pêlo, sobretudo para calçado, mas também para vestuário) exporta 75 por cento.
Além do mercado italiano, onde a empresa tem agentes, o grupo exporta ainda para a França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, China - para onde só não vende mais que os actuais 12 por cento “porque Portugal não tem uma marca” -, Estados Unidos, Rússia, Ucrânia .



A empresa compra em Portugal 60 por cento das peles que trata e comercializa - “só ovino merino” -, adquirindo as restantes 40 por cento em Espanha. Anualmente, as duas empresas do grupo compram 1,4 milhões de unidades, a preços diferenciados consoante a qualidade.
A qualidade das peles que se produzem em Portugal e na Estremadura espanhola é a melhor do mundo. Cuidamos é mal dessas peles”, disse.
Ler Mais in "Primeiro de Janeiro"

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